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VIAMÃO 28 de Maio de 2019 às 03:00.

Centro de pesquisa ajuda a desenvolver o butiá no Estado

Pesquisadores Adilson Tonietto e Gilson Schlindwein trabalharam para superar obstáculos da fruta

Pesquisadores Adilson Tonietto e Gilson Schlindwein trabalharam para superar obstáculos da fruta


/SECRETARIA DA AGRICULTURA DE VIAMÃO/DIVULGAÇÃO/CIDADES
O butiá é tão representativo do Rio Grande do Sul que tem seu próprio ditado popular - afinal, todo gaúcho já deixou "os butiás caírem do bolso". O sabor característico e que remete à infância de muitos, porém, ainda depende muito da atividade extrativista, em árvores de mata nativa, para chegar ao consumidor final. Com uma demanda que supera a oferta, a necessidade de implantar pomares de butiá para cultivo comercial tornou-se um desafio que o Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) se propôs a enfrentar há mais de 10 anos.

O butiá é tão representativo do Rio Grande do Sul que tem seu próprio ditado popular - afinal, todo gaúcho já deixou "os butiás caírem do bolso". O sabor característico e que remete à infância de muitos, porém, ainda depende muito da atividade extrativista, em árvores de mata nativa, para chegar ao consumidor final. Com uma demanda que supera a oferta, a necessidade de implantar pomares de butiá para cultivo comercial tornou-se um desafio que o Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) se propôs a enfrentar há mais de 10 anos.

Linhas de pesquisa desenvolvidas desde 2008, quando o departamento ainda era a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária, procuram superar alguns dos principais obstáculos para que o butiazeiro seja visto como uma cultura com bom potencial produtivo e econômico. Um deles é a dormência das sementes, que podem levar até dois anos para germinar. Com um método elaborado a partir de suas pesquisas sobre o butiá, os pesquisadores Gilson Schlindwein e Adilson Tonietto conseguiram reduzir o tempo de germinação para cerca de um mês. "Até então, ninguém produzia muda de butiazeiro a partir de sementes, pelo tempo que levava para germinar. Com essa metodologia, a germinação é rápida e homogênea, e podemos atestar que a muda veio de determinada planta", explica Schlindwein.

Neste projeto de pesquisa, também estão sendo avaliadas árvores individuais, chamadas matrizes, que possuam características desejáveis para cultivo sistematizado, como frutos maiores, mais doces e produção precoce de frutos. Em 2008, mudas produzidas a partir dessas matrizes, chamadas progênies, foram plantadas em áreas de experimentação no centro de pesquisa de Viamão. "Por tudo o que se sabe sobre o butiazeiro, a expectativa era que as progênies só viessem a dar frutos depois dos 10 anos de idade. Mas uma delas, cujas sementes vieram de uma árvore de Esteio, começou a produzir frutos em apenas quatro anos", conta Schlindwein.

O butiazeiro pode ser explorado comercialmente para a venda da fruta in natura, o suco de butiá e a polpa, além de artesanato. Mesmo com uma produção de até 29 quilos por árvore sem trato cultural, o número de plantas em áreas naturais e em pomares instalados ainda é muito inferior à demanda atual em algumas regiões. "Em Pelotas, por exemplo, tem uma empresa que produz sorvete, e todos os anos eles precisam de polpa, nunca tem o suficiente. A demanda é grande, e a produção atual da fruta não consegue atender", constata o pesquisador Adilson Tonietto.

Para algumas localidades do Estado, o fator limitante para a produção do butiá é de outra ordem. "Em regiões como Tapes, existem extensos palmares naturais de butiá, onde a produção de frutos não é um problema. A questão é a necessidade de licenciamento ambiental e a elaboração de estratégias de manejo nestas áreas", complementa Schlindwein.

O próximo passo é desenvolver um programa de melhoramento, plantando este material selecionado em outros locais do Estado para poder chegar a uma cultivar de butiá, um processo que levará mais alguns anos. "Por enquanto, a caracterização destas matrizes e a multiplicação de progênies já vão permitir a produção de mudas com procedência, sobre as quais é possível prever média de produção, época de frutificação, entre outras qualidades", detalha Schlindwein.

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