A secretaria municipal de Obras e Serviços Urbanos (Smosu) concentrou suas atividades no bairro São Sebastião na tarde do último dia 26 de fevereiro, na área onde 14 famílias esteienses, que atualmente recebem aluguel social, serão reassentadas. As equipes trabalharam na colocação de meio-fio, bocas de lobo, nivelamento de poços de visitas (PV) e terraplanagem. Cada família terá um lote de 110 metros quadrados, onde serão instaladas casas-contêiner, semelhantes à do projeto-piloto implantado pela prefeitura em maio do ano passado.
Para iniciar a pavimentação das ruas do loteamento, foram adquiridas 60 toneladas de asfalto. Os serviços de água e esgoto são de responsabilidade da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). A instalação elétrica fica a cargo da Rio Grande Energia (RGE) Sul. Após as ações de infraestrutura, a secretaria municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Smduh) providenciará a instalação das moradias e assistência às famílias que serão assentadas.
O investimento previsto, apenas para a aquisição das casas-contêiner, é de R$ 424,2 mil. As famílias que serão reassentadas viviam em situação de vulnerabilidade, em áreas de risco ou em condições precárias e, por esse motivo, foi identificada a necessidade de retirá-las de suas antigas moradias e conceder aluguel social.
Cada conjunto que será usado como moradia é formado por dois contêineres modulares galvanizados, que serão acoplados lateralmente, formando um ambiente de 27,6 metros quadrados, com pé-direito de 2,5 metros. Dotados de unidade sanitária, as unidades vêm prontas para as instalações elétricas e hidráulicas. As paredes são isotérmicas, ou seja, isolam a residência de excessos de calor ou de frio.
O custo estimado de cada conjunto da casa-contêiner é de R$ 30,3 mil. Em comparação, o kit de madeira antigamente utilizado pela prefeitura para reassentamento de famílias que viviam em áreas de risco custa R$ 25 mil, mas tem um espaço menor (21 metros quadrados), ou seja, tem um custo por metro quadrado mais elevado e, além disso, demanda mais recursos para conservação e manutenção. Já os investimentos em aluguel social giram em torno aos R$ 11 mil por mês para a prefeitura. Outros benefícios da moradia-contêiner são a sustentabilidade, pelo fato de ser uma obra limpa, com redução de entulho e de uso de recursos naturais como areia, madeira e água, e a praticidade, pela flexibilidade e agilidade na montagem.