A enfermeira Anelise Ortiz e a psicóloga Aline Badch Rosa, integrantes da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) do Hospital Santa Cruz (HSC), realizaram, no último dia 2, uma atividade de integração e conscientização com um grupo de idosos que participam de atividades diárias no Centro de Convivência da Melhor Idade (CCMI), localizado no bairro Cristal. A iniciativa foi proposta pelos residentes multiprofissionais Valéria Nicolini, de psicologia, e José Augustinho Mendes Santos, de enfermagem, com o apoio da acadêmica de psicologia Letícia Konzen.
Entendendo a importância permanente de abrir espaços para desmistificar os mitos e dúvidas relacionadas à temática da doação de órgãos, as profissionais buscaram sensibilizar a comunidade sobre esse ato nobre que pode salvar vidas e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A principal mensagem transmitida é para que se converse com a sua família sobre a vontade de ser doador de órgãos, pois durante a hospitalização eles assumem o papel de autorizar a doação, podendo, assim, ajudar a mudar a realidade do transplante no Brasil.
De 20 a 27 de setembro, o Hospital Santa Cruz também realizou um conjunto de ações alusivas à Semana da Conscientização de Doação de Órgãos. A Cihdott promoveu abordagens com dinâmicas sobre o tema, com esclarecimento de dúvidas, e uma exposição de painel informativo no hall de entrada dos funcionários, médicos, estudantes e estagiários, junto ao cartão ponto. Em frente ao hospital, foram realizadas blitzes com entrega de materiais informativos para a população.
A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do HSC gerencia todo o processo de doação e captação de órgãos e tecidos na Instituição, sendo responsável por viabilizar o diagnóstico de morte encefálica, conforme Resolução do Conselho Federal de Medicina, realizar a abordagem e prestar esclarecimentos aos familiares sobre o potencial doador. A captação dos órgãos - exceto as córneas, após aceitação da família, é realizada por uma equipe especializada da Central de Transplantes do Estado.
Criada há 17 anos, a comissão é formada por uma equipe multidisciplinar que desenvolve ações educativas e de conscientização sobre o funcionamento do programa e a importância do gesto de doar. O objetivo é estimular as famílias a conversarem abertamente sobre o assunto, bem como a quebra de mitos e tabus referentes à doação de órgãos e tecidos.
Em abril deste ano, o HSC teve a primeira captação de um coração. Quatro equipes da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul vieram a Santa Cruz do Sul para captar esse e outros órgãos de um paciente. "Para nós, é um marco. A gente se envolve muito no processo, mas tudo depende da família", reforça na época a coordenadora da comissão, enfermeira Fernanda Salvi. "Eles que dão o aval para a gente continuar ou não o processo", explica. Em junho, outras três equipes da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul voltaram à instituição para uma nova captação de coração, além de dois pulmões, dois rins e um fígado.
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