Criado em janeiro de 2015 para acolher e prestar solidariedade aos familiares de usuários que faleceram no Hospital Getúlio Vargas, o Grupo de Apoio ao Luto já atendeu mais de 130 pessoas. No dia 31 de julho, o grupo contou com mais uma reunião, mediada por um médico, uma psicóloga e duas enfermeiras. Única veterana no encontro, Helena Müller, de 61 anos, foi quem iniciou a conversa, que sempre acontece nas dependências do hospital. Ela frequenta o grupo desde 2016, ano em que perdeu a filha. "Foi um baque quando aconteceu. Uma mãe nunca está preparada para passar por isso. Mas, aqui, posso conhecer e escutar os outros, e isso tem me ajudado. Tenho que olhar para frente, tenho meus netos", contou.
Os encontros, que acontecem a cada 15 dias, normalmente contam com cerca de cinco participantes. Os familiares são convidados a fazer parte das reuniões e compartilhar suas impressões. "O que a gente faz é dar a oportunidade para essas pessoas se encontrarem, desabafarem e ouvirem os outros. É um espaço para ouvirmos queixas e elogios", comentou a enfermeira Rafaella Giacomoni, de 34 anos, que é coordenadora do grupo. Segundo ela, os encontros são importantes também para que se possa identificar quando o luto é natural e quando se torna patológico, embora não haja nenhum caso registrado nos encontros já realizados. "É importante manter este controle para podermos oferecer ajuda", finalizou.
A iniciativa já contou com 42 encontros. A ação está vinculada ao trabalho humanizado desenvolvido pela equipe de cuidados paliativos, que presta assistência aos usuários e seus acompanhantes desde o diagnóstico da doença até o final da vida e no período de luto, oferecendo ajuda para aliviar o sofrimento.
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