A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Pelotas contará, em breve, com um novo Centro de Reintegração Social. A sede da Apac terá capacidade para 200 recuperandos, e teve seu projeto de construção aprovado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública nesta semana. As obras devem se iniciar ainda neste ano, orçadas em mais de R$ 10,5 milhões.
Ter um projeto que atendesse os critérios de construção da metodologia apaqueana e também os do sistema prisional comum foi um desafio para o município. Após longos estudos, que possibilitaram contemplar a obra sob aspecto técnico - que se deu ao longo de três anos, até 2021 - chegou-se até o atual cenário, com aprovação do projeto de construção do Centro de Reintegração Social da Apac A próxima etapa é a suplementação do recurso, ou seja, o Ministério da Justiça e o estado do Rio Grande do Sul precisarão complementar essa quantia, a fim de fazer a correção da inflação, para, então, o governo estadual licitar a obra. As estimativas otimistas afirmam que a execução do projeto deve começar no final deste ano.
"Tivemos que fazer muitos estudos e projetos complementares, entre eles, por exemplo, o estudo de inundação do terreno da Apac dos últimos cem anos. Foram estudos geológicos, elétricos, hidráulicos, fluviais, questões de segurança, como grades e portões. Tudo precisou ser descrito detalhadamente e orçado. Foi um processo e demorou mais de três anos para que alcançássemos essa vitória. É muita felicidade e, apesar de levar muito tempo, finalmente conseguimos", finalizou Thurow.
O secretário de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo, Mauro Hauschild, destacou a importância da aprovação do projeto, por se tratar de uma obra que vai viabilizar a inclusão de mais 200 apenados no projeto de ressocialização. O edital para licitação da nova sede da Apac de Pelotas será lançado e a expectativa da secretaria é dar início a obra este ano. "Os apenados vão ter a condição de sair de dentro de uma penitenciária e participar de um programa que tem vocação de buscar, a partir da cultura da educação, do trabalho, do esforço coletivo e da cooperação mútua entre todas as pessoas privadas de liberdade, um novo caminho e uma nova oportunidade de cumprimento da pena para voltarem à sociedade", disse.