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Guerra na Ucrânia

- Publicada em 24 de Maio de 2022 às 20:18

Henry Kissinger defende que Ucrânia ceda parte de seu território para encerrar guerra

Kissinger, de 98 anos, também aconselhou o Ocidente a diminuir a pressão sobre Moscou

Kissinger, de 98 anos, também aconselhou o Ocidente a diminuir a pressão sobre Moscou


PIERRE VERDY/AFP PHOTO/JC
Henry Kissinger, célebre ex-secretário de Estado dos EUA, fez um discurso em Davos, no Fórum Econômico Mundial, em que indicou que a Ucrânia deveria abrir mão de parte do seu território para encerrar a guerra contra a Rússia.
Henry Kissinger, célebre ex-secretário de Estado dos EUA, fez um discurso em Davos, no Fórum Econômico Mundial, em que indicou que a Ucrânia deveria abrir mão de parte do seu território para encerrar a guerra contra a Rússia.
Kissinger, de 98 anos, também aconselhou o Ocidente a diminuir a pressão sobre Moscou, sob risco de restabelecer diferenças tão profundas quanto as da Guerra Fria. "As negociações (entre Moscou e Kiev) precisam começar nos próximos dois meses antes que criem reviravoltas e tensões que não serão facilmente superadas", disse Kissinger. "Idealmente, a linha divisória deveria ser um retorno ao status quo anterior. Prosseguir a guerra além desse ponto não seria sobre a liberdade da Ucrânia, mas uma nova guerra contra a própria Rússia."
O status quo a que Kissinger se refere é o cenário anterior à guerra, que completou três meses nesta terça-feira (24). Inferiu-se, portanto, que o norte-americano defende que a Ucrânia deveria abrir mão da Crimeia - anexada pela Rússia em 2014 - e de parte do Donbass, onde separatistas pró-Moscou disputam território com Kiev e proclamaram duas repúblicas independentes.
Kissinger também deu um recado aos países do Ocidente, alertando que a busca pela imposição de uma derrota sobre a Rússia pode desestabilizar as estruturas de poder da Europa. Disse ainda que isso representaria um risco de deixar Moscou mais próxima da China. "Espero que os ucranianos correspondam com sabedoria ao heroísmo que eles têm demonstrado", disse, acrescentando que é mais apropriado à Ucrânia ser um Estado neutro do que um país totalmente integrado à Europa.
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