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Ásia

- Publicada em 17 de Janeiro de 2022 às 17:20

Xi Jinping alerta para 'consequências catastróficas' de confronto entre potências

Discurso foi transmitido durante o Fórum Econômico Mundial

Discurso foi transmitido durante o Fórum Econômico Mundial


FABRICE COFFRINI/AFP/JC
O dirigente da China, Xi Jinping, fez um alerta nesta segunda-feira (17) sobre "consequências catastróficas" de possíveis confrontos entre grandes potências. Seu discurso foi transmitido por vídeo durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Considerado um dos mais importantes encontros globais de líderes políticos, empresariais e da sociedade civil, o evento foi adiado devido ao agravamento da pandemia de coronavírus.
O dirigente da China, Xi Jinping, fez um alerta nesta segunda-feira (17) sobre "consequências catastróficas" de possíveis confrontos entre grandes potências. Seu discurso foi transmitido por vídeo durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Considerado um dos mais importantes encontros globais de líderes políticos, empresariais e da sociedade civil, o evento foi adiado devido ao agravamento da pandemia de coronavírus.
Uma versão presencial está prevista para o próximo semestre, mas para esta semana, foram mantidas algumas conferências virtuais, como a de Xi Jinping. "A história mostrou repetidamente que o confronto não resolve problemas, apenas provoca consequências catastróficas", disse Xi, de acordo com a tradução oficial de seu pronunciamento.
O líder chinês também se posicionou como um defensor do multilateralismo e reforçou sua percepção de aumento das tensões globais. "Precisamos descartar a mentalidade de Guerra Fria e buscar coexistência pacífica e resultados em que todos ganham", afirmou, descrevendo este como o quarto item de uma lista de prioridades que inclui cooperação internacional para enfrentar a pandemia, recuperação econômica pós-Covid e revitalização do desenvolvimento global.
"Nosso mundo atual está longe de ser pacífico. A retórica que desperta ódio e preconceito é abundante", acrescentou Xi. Segundo ele, "atos de contenção, de repressão ou de confronto", bem como o protecionismo, o unilateralismo e a política de hegemonia são as causas de todo tipo de danos à paz e à segurança mundiais.
"Atos obstinados de construir 'quintais exclusivos com muros alto' ou 'sistemas paralelos', de entusiasticamente montar pequenos círculos ou blocos exclusivos que polarizam o mundo, de esticar o conceito de segurança nacional para conter avanços econômicos e tecnológicos de outros países, de fomentar o antagonismo ideológico e de politizar ou de usar questões econômicas, científicas e tecnológicas como armas, reduzirão gravemente os esforços internacionais para enfrentar desafios comuns", acusou Xi, sem mencionar nenhum país ou liderança especificamente.
A fala do dirigente chinês mantém a mesma linha de raciocínio de seus discursos em outras conferências, como na Assembleia-Geral da ONU. Ecoa ainda o discurso duro que ele fez em 2017, durante sua primeira participação em Davos.
Assim como não houve menções a nenhum país em especial, ficaram de fora quaisquer referências a ações às tensões no Mar do Sul da China e a assuntos sensíveis para Pequim como a situação política de Hong Kong e de Taiwan e as denúncias de violações de direitos humanos em Xinjiang.
Para tratar do enfrentamento à pandemia de Covid-19, Xi usou uma metáfora de navegação para defender a cooperação internacional. Segundo ele, em meio à crise global, os países não estão viajando separadamente "em cerca de 190 pequenos barcos, mas sim em um navio gigante do qual depende o destino compartilhado por todos".
Para defender a globalização da economia, uma nova metáfora. "Embora as contracorrentes certamente existam em um rio, nada pode impedi-lo de fluir para o mar", disse Xi, defendendo a globalização como uma solução "mais aberta, inclusiva, equilibrada e benéfica para todos".
Folhapress
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