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Relações Internacionais

- Publicada em 12 de Janeiro de 2022 às 20:09

China apoia ação de Putin no Cazaquistão

Posição foi expressada pelo chanceler Wang Yi (foto) a seu colega russo, Serguei Lavrov

Posição foi expressada pelo chanceler Wang Yi (foto) a seu colega russo, Serguei Lavrov


ISHARA S. KODIKARA/AFP/JC
Em mais um sinal de aproximação com a Rússia contra o Ocidente, a China expressou seu apoio à ação de Vladimir Putin para ajudar a controlar a crise no Cazaquistão e sugeriu que ambas as potências devem trabalhar juntas contra "revoluções coloridas e os três males". A expressão foi usada pelo chanceler Wang Yi em telefonema a seu colega russo, Serguei Lavrov, e une os dois terrores geopolíticos de Moscou e Pequim numa só frase.
Em mais um sinal de aproximação com a Rússia contra o Ocidente, a China expressou seu apoio à ação de Vladimir Putin para ajudar a controlar a crise no Cazaquistão e sugeriu que ambas as potências devem trabalhar juntas contra "revoluções coloridas e os três males". A expressão foi usada pelo chanceler Wang Yi em telefonema a seu colega russo, Serguei Lavrov, e une os dois terrores geopolíticos de Moscou e Pequim numa só frase.
"Revolução colorida" é o termo para revoltas em países da antiga União Soviética contra governos aliados do Kremlin, tendo ocorrido em locais como a Ucrânia e a Geórgia, com sucessos iniciais tornados fracassos até pela reação russa, que as trata como golpes apoiados pelo Ocidente. Já os "três males" são a definição chinesa para o trio terrorismo, separatismo e extremismo religioso. A partir de 2017, o termo passou a ocupar o noticiário oficial chinês para se referir às turbulências na região muçulmana de Xinjiang.
Wang elogiou o "papel positivo da OTSC (Organização do Tratado de Segurança Coletiva, aliança militar liderada pela Rússia) para restaurar a estabilidade no Cazaquistão". Na véspera, Putin havia dito aos colegas do clube que um novo padrão de intervenção estava estabelecido.
Cabe lembrar que a China tem laços econômicos fortes com os cazaques, e que seu equilíbrio interno interessa a Pequim não menos porque o país faz fronteira com Xinjiang. Na semana passada, protestos contra o aumento de preço de combustíveis evoluíram em poucos dias para uma revolta em diversas cidades, que chacoalhou aquela que era uma das ilhas de estabilidade na Ásia Central pós-soviética.
O autocrata que governa o país, Kasim-Jomart Tokaiev, depois de hesitação inicial, baixou uma repressão dura, que deixou 164 mortos e 8.000 presos. Houve queima de prédios públicos, tomada de aeroporto e tiroteios. Ato contínuo, ele pediu a Putin as tropas da OTSC, que nunca havia operado na prática. Em dois dias, o Kremlin desembarcou talvez 3.000 soldados russos, armênios, belarussos e outros no Cazaquistão.
Eles foram postados para garantir os ativos do país, como campos de petróleo e minas de urânio. No fim de semana, os EUA protestaram, questionando o motivo de as tropas estarem por lá.
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