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Vaticano

- Publicada em 05 de Janeiro de 2022 às 20:05

Bento XVI teria acobertado abuso sexual na Igreja

Papa emérito disse que alegação de que sabia dos abusos é "equivocada"

Papa emérito disse que alegação de que sabia dos abusos é "equivocada"


GABRIEL BOUYS/AFP/JC
Documento interno da Igreja Católica obtido pelo jornal alemão Die Zeit sugere que o papa emérito Bento XVI acobertou casos de abuso sexual contra menores dentro da instituição quando era arcebispo de Munique e Freising na década de 1980. Ele, por sua vez, nega que tivesse conhecimento do crime à época.
Documento interno da Igreja Católica obtido pelo jornal alemão Die Zeit sugere que o papa emérito Bento XVI acobertou casos de abuso sexual contra menores dentro da instituição quando era arcebispo de Munique e Freising na década de 1980. Ele, por sua vez, nega que tivesse conhecimento do crime à época.
O caso envolve o padre Peter H., que, entre 1973 e 1996, teria abusado de pelo menos 23 meninos com idades entre 8 e 16 anos enquanto ocupava diferentes posições na Igreja. Um decreto eclesiástico da arquidiocese de Munique, de 2016, ao qual o Zeit teve acesso, mostra que a própria instituição criticou o comportamento dos clérigos, incluindo Joseph Ratzinger - nome do papa Bento XVI -, diante dos abusos.
O padre Peter H., que teve o nome completo omitido pela imprensa, atuava inicialmente na diocese de Essen, mas, diante de denúncias feitas por familiares das crianças abusadas, foi afastado. O religioso não foi expulso da Igreja, tampouco respondeu pelas acusações, sendo apenas encaminhado para terapia com diagnóstico de transtorno narcísico com pederastia e exibicionismo.
Ao sair de Essen, ele foi aceito por Ratzinger na arquidiocese de Munique e Freising em janeiro de 1980. Entre outros pontos, o documento interno da Igreja afirma que "os bispos em Munique e Essen não cumpriram sua responsabilidade para com as crianças e os jovens confiados aos seus cuidados pastorais".
O nome de Ratzinger, é mencionado diversas vezes, segundo relata o jornal Zeit. "O então arcebispo Ratzinger estava ciente dos fatos sobre a admissão de Peter H. (...) Nem uma investigação preliminar foi iniciada, nem um procedimento criminal na Igreja. Ratzinger deliberadamente renunciou a denunciar o crime."
Em resposta à investigação do jornal, o Bento XVI, por meio de carta enviada por seu ex-secretário pessoal, o arcebispo Georg Ganswein, disse que a alegação de que tinha conhecimento da história de agressão sexual na época da decisão sobre a admissão do padre Peter H. está equivocada.
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