Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 08 de Dezembro de 2021 às 17:07

França libera saudita detido por engano devido a assassinato de jornalista

Oficiais concluíram que houve uma confusão de identidade e que não se tratava de Khaled Aedh Al-Otaibi

Oficiais concluíram que houve uma confusão de identidade e que não se tratava de Khaled Aedh Al-Otaibi


Pascal POCHARD-CASABIANCA/AFP/JC
A polícia francesa liberou nesta quarta-feira (8) o homem saudita detido em um aeroporto perto de Paris por suspeita de participação no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, crítico do regime do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.
A polícia francesa liberou nesta quarta-feira (8) o homem saudita detido em um aeroporto perto de Paris por suspeita de participação no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, crítico do regime do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.
Os oficiais concluíram que houve uma confusão de identidade e que não se tratava de Khaled Aedh Al-Otaibi, ex-guarda real da Arábia Saudita apontado como envolvido no crime. À agência de notícias AFP, uma autoridade disse que o detido era um homônimo.
Os promotores do caso comunicaram a liberação do saudita após confirmarem que ele não se enquadrava em um mandato emitido pela Turquia para dois ex-assessores do príncipe herdeiro e que serviu de base para a prisão.
Horas antes, porém, membros da embaixada saudita em Paris já afirmavam que o detido não tinha relação com o caso. Falando sob condição de anonimato ao jornal norte-americano Washington Post, com o qual Khashoggi colaborava, uma autoridade disse que se tratava de de equívoco de identidade, já que o verdadeiro Al-Otaibi já estava preso.
Khashoggi foi visto pela última vez entrando no consulado saudita em Istambul, na Turquia, onde foi em busca de documentos necessários para seu casamento com uma mulher turca. Acredita-se que o assassinato tenha ocorrido em 2 de outubro de 2018, quando foi esquartejado, mas até hoje seus restos mortais não foram encontrados.
A notícia da prisão de um dos suspeitos - quando se pensava que ele era de fato o homem procurado - desencadeou uma onda de reações, com grupos de direitos humanos e a noiva de Khashoggi, Hatice Cengiz, manifestando alívio. Após o anúncio do engano, a organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras afirmou "continuar totalmente comprometida em garantir que todos os envolvidos no assassinato sejam levados à Justiça perante um Judiciário independente".
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO