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Internacional

- Publicada em 08 de Dezembro de 2021 às 15:53

Congresso do Peru rejeita processo de destituição de Castillo

Castillo é criticado por parte da população, que o considera sem direção

Castillo é criticado por parte da população, que o considera sem direção


Carlos MAMANI/AFP/JC
O Congresso no Peru rejeitou, na noite de terça-feira (7), a abertura de um processo de destituição do presidente do país, Pedro Castillo, no poder há pouco mais de quatro meses. Ao todo, 46 parlamentares votaram pela deposição do presidente por falta de "capacidade moral" para exercer suas funções. Eram necessários, porém, 51 votos a favor do processo, de um total de 128 congressistas que compareceram à sessão.
O Congresso no Peru rejeitou, na noite de terça-feira (7), a abertura de um processo de destituição do presidente do país, Pedro Castillo, no poder há pouco mais de quatro meses. Ao todo, 46 parlamentares votaram pela deposição do presidente por falta de "capacidade moral" para exercer suas funções. Eram necessários, porém, 51 votos a favor do processo, de um total de 128 congressistas que compareceram à sessão.
Esta seria a 5ª moção de impeachment contra um presidente peruano nos últimos quatro anos e lembra os pedidos semelhantes que levaram à queda dos líderes Pedro Pablo Kuczynski, em 2018, e Martín Vizcarra, em 2020.
Mesmo que a moção fosse aceita, o avanço do pleito era considerado difícil, porque seria preciso que 87 parlamentares votassem contra Castillo nas etapas seguintes para removê-lo do cargo. Hoje, a oposição tem maioria no Legislativo, e o partido governista, Perú Libre, conta com 37 cadeiras, mas o movimento pró-impeachment perdeu força nas últimas semanas.
O Perú Libre, partido do próprio presidente, chegou a cogitar apoiar a moção, mas na segunda-feira decidiu se manter fiel ao mandatário e chamou o processo de tentativa de golpe de direita.
Os autores do pedido são congressistas dos partidos Avanza País, Renovación Popular e Fuerza Popular, que somam no total 43 parlamentares. O último é liderado Keiko Fujimori, candidata derrotada por Castillo nas eleições de junho e filha do ditador peruano Alberto Fujimori, que governou o país entre 1990 e 2000 e está preso desde 2007 por corrupção e crimes contra a humanidade.
Castillo é alvo de um escândalo de suposta interferência do governo nas promoções de militares, o que motivou o pedido de impeachment. Ele foi intimado a depor sobre este caso no dia 14 de dezembro.
O impasse ocorre no momento em que promotores investigam supostos casos de corrupção cometidos por assessores de Castillo, que acusou seus oponentes e "grupos de interesse econômico" de conspirar contra ele.
Desde que assumiu o poder, no final de julho, o esquerdista Castillo vem tendo enormes dificuldades para governar. Ainda em outubro, o presidente trocou seu primeiro-ministro e parte do gabinete ministerial em busca de maior diálogo com o Parlamento. Dias depois, precisou enfrentar mais uma crise: o titular da pasta de Defesa, Walter Ayala, apresentou sua renúncia após virem a público informações de que ele teria buscado promoções para militares próximos ao chefe de Estado. Foi o décimo ministro trocado em pouco mais de três meses de governo.
Em meio aos entraves e demissões, Castillo é criticado por parte da população, que o considera sem direção. O descontentamento se reflete nas pesquisas de avaliação. Uma delas, divulgada no último dia 14 pelo instituto francês Ipsos, apontou que a desaprovação do presidente chegou a 57%.
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