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Internacional

- Publicada em 07 de Dezembro de 2021 às 16:31

Atentado deixa 4 mortos em Basra, no Iraque, que culpa o Estado Islâmico

Rua ficou coberta de vidro quebrado e sangue, e o governador de Basra anunciou três dias de luto oficial

Rua ficou coberta de vidro quebrado e sangue, e o governador de Basra anunciou três dias de luto oficial


Hussein FALEH/AFP/JC
Um ataque terrorista matou ao menos quatro pessoas e feriu outras 20 nesta terça-feira (7) em Basra, no sul do Iraque. É o primeiro atentado em anos na região em que há relativa estabilidade, e autoridades suspeitam que tenha sido obra do Estado Islâmico (EI).
Um ataque terrorista matou ao menos quatro pessoas e feriu outras 20 nesta terça-feira (7) em Basra, no sul do Iraque. É o primeiro atentado em anos na região em que há relativa estabilidade, e autoridades suspeitam que tenha sido obra do Estado Islâmico (EI).
A explosão, perto de um grande hospital, foi causada por uma motocicleta equipada com explosivos, segundo um comunicado divulgado por militares iraquianos, e incendiou outros dois veículos.
Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, mas o governador de Basra, Asaad al-Edani, disse a jornalistas que a explosão "tem as impressões digitais" do Estado Islâmico. "O Daesh (como o EI é chamado no país) está tentando desestabilizar a segurança em Basra, mas não terá sucesso", disse.
A facção fundamentalista foi a responsável pelo último ataque terrorista em Basra, ocorrido em 2017. Desde então, as autoridades iraquianas mantiveram um rígido controle de segurança sobre a região, onde a maior parte do petróleo do país é produzida e exportada.
Segundo testemunhas, a polícia precisou recolher partes de corpos de pessoas que estavam dentro de um micro-ônibus atingido pela explosão. A rua ficou coberta de vidro quebrado e sangue, e o governador anunciou três dias de luto oficial. "Basra deixou de ser segura hoje", disse Mohammed Ibrahim, um mecânico cuja oficina fica perto do local da explosão, à agência de notícias Reuters. "Hoje e depois desse ato terrorista, o povo de Basra deve definitivamente ser cauteloso e cuidadoso."
Em dezembro de 2017, o Iraque declarou vitória sobre o Estado Islâmico depois de receber apoio de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos. O grupo fundamentalista foi expulso, à época, de áreas onde havia se autoproclamado um califado islâmico.
O EI, no entanto, segue sendo responsabilizado por ataques esporádicos, principalmente no norte do Iraque. No domingo (5), quatro combatentes curdos foram mortos e cinco ficaram feridos em um posto militar ao norte da cidade de Kirkuk.
De acordo com autoridades locais, foi o terceiro ataque em menos de duas semanas. No final de novembro, outros cinco combatentes curdos morreram em um episódio parecido e, na última quinta-feira (2), três civis e nove soldados foram mortos pelos jihadistas perto da cidade de Erbil.
Antes de ser expulso em 2017, o EI conquistou vários territórios no Iraque - onde chegou a dominar dois terços do país - e na Síria. Atualmente, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas, o grupo "mantém uma presença clandestina" e "lidera uma insurgência" na fronteira entre os dois países, com ao menos 10 mil combatentes ativos. O último grande ataque reivindicado pelo Estado Islâmico deixou ao menos 30 mortos em um mercado na capital, Bagdá.
O Iraque também vive um cenário de instabilidade política crescente, particularmente após as eleições parlamentares realizadas em outubro, das quais o partido do xiita Moqtada al-Sadr saiu vencedor. Desde então, porém, facções armadas que se opõem ao clérigo têm contestado os resultados, alegando fraude.
Há um mês, a residência oficial do primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kadhimi, foi alvo de um ataque de drones carregados com explosivos. As autoridades descreveram a ação como uma tentativa de assassinato, mas o premiê saiu ileso.
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