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Internacional

- Publicada em 01 de Dezembro de 2021 às 19:00

UE não descarta impor vacinação obrigatória como política pública

Vacinas fabricadas pela Pfizer estarão disponíveis para crianças da UE a partir de 13 de dezembro

Vacinas fabricadas pela Pfizer estarão disponíveis para crianças da UE a partir de 13 de dezembro


CHIP SOMODEVILLA/GETTY IMAGES/AFP/JC
A vacinação obrigatória não deve ser descartada como política pública para defender a população da União Europeia (UE), disse nesta quarta (1ª) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A vacinação obrigatória não deve ser descartada como política pública para defender a população da União Europeia (UE), disse nesta quarta (1ª) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Regras de saúde pública no bloco europeu são decididas pelos governos nacionais, e, na terça (30), a Grécia anunciou que passará a multar residentes de 60 anos ou mais que não se imunizarem até 16 de janeiro. Já a Áustria pretende tornar compulsória a vacina anti-Covid a partir de fevereiro.
O comentário da líder do Executivo da UE vem no mesmo dia em que a Alemanha registrou o maior número de mortes por Covid dos últimos nove meses. O Instituto Robert Koch, a agência federal de controle de doenças do país, relatou 446 novos óbitos pela doença nesta quarta - maior cifra diária desde 18 de fevereiro.
A taxa de incidência da doença nos últimos sete dias por 100 mil habitantes, porém, caiu pelo segundo dia consecutivo: 442,9, contra 452,2 na terça (30). Epidemiologistas locais afirmam que, se seguir assim, o país ainda pode ter 6.000 pessoas com Covid em tratamento de terapia intensiva até o feriado do Natal, independentemente das medidas de mitigação que as autoridades tomem nos próximos dias.
Ursula pediu aos 27 países-membros do bloco europeu que ampliem a porcentagem de habitantes imunizados e acelerem a aplicação de doses de reforço. Também considerou aceitável que, enquanto não há evidências científicas sobre o efeito da variante Ômicron, governos exijam de viajantes testes negativos para Sars-Cov-2, mesmo em viagens internas dentro da UE, como vem fazendo Portugal.
Questionada por repórteres sobre a obrigatoriedade da imunização, respondeu: "Temos as vacinas, que salvam vidas, mas não estão sendo usadas adequadamente em todos os lugares. E este é um custo enorme para a saúde. Pensar sobre a vacinação obrigatória na União Europeia, isso precisa ser discutido. Isso precisa de uma abordagem comum, mas é uma discussão que acho que deve ser cumprida".
A presidente da Comissão Europeia ressaltou ainda que, na média, um quarto dos adultos e um terço da população total do bloco ainda não foi vacinada. Isso equivale a 150 milhões de pessoas, número que considerou excessivo mesmo descartando crianças e os que não podem receber a injeção por motivos médicos. Vacinas fabricadas pela Pfizer estarão disponíveis para crianças da UE a partir de 13 de dezembro, uma semana antes do prazo inicial previsto.
"A grande maioria poderia (tomar a vacina), portanto acho compreensível e adequado conduzir essa discussão agora", afirmou. Ursula, como vários líderes do bloco, disse que sistemas de saúde estão ficando sob pressão com a 4ª onda de Covid que já dura mais de um mês, e que a nova cepa pode piorar o quadro.
Quatro pessoas no sul da Alemanha receberam diagnóstico de Covid com a variante Ômicron, embora já estivessem com esquema vacinal completo, segundo anunciado também nesta quarta. Três dos infectados tinham viajado para a África do Sul recentemente, e a quarta pessoa é familiar de um deles.
O futuro premiê alemão, Olaf Scholz, afirmou nesta terça que o país vai discutir a possível obrigatoriedade da vacina - atualmente, 68% dos alemães tomaram as duas doses -, mas reforçou que uma decisão do tipo cabe ao Bundestag, o Parlamento do país. De acordo com o social-democrata, a medida deveria começar a valer até, no máximo, o início de março do próximo ano.
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