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Internacional

- Publicada em 08 de Outubro de 2021 às 18:03

Justiça argentina retira acusação contra Cristina Kirchner em caso sobre o atentado à Amia

Cristina já foi dispensada de vários processos por corrupção em seus dois mandatos presidenciais (2007-2015), mas ainda responde a seis

Cristina já foi dispensada de vários processos por corrupção em seus dois mandatos presidenciais (2007-2015), mas ainda responde a seis


JUAN MABROMATA/afp/jc
A Justiça da Argentina encerrou nesta quinta-feira (7) um processo ligado ao atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994, após considerar que não houve crime, livrando a atual vice-presidente Cristina Kirchner da acusação de acobertar os responsáveis pelo ataque que deixou 85 mortos e 300 feridos.
A Justiça da Argentina encerrou nesta quinta-feira (7) um processo ligado ao atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994, após considerar que não houve crime, livrando a atual vice-presidente Cristina Kirchner da acusação de acobertar os responsáveis pelo ataque que deixou 85 mortos e 300 feridos.
A ação contra Cristina e vários de seus funcionários foi aberta pelo já falecido promotor Alberto Nisman. Para ele, ao assinar em 2015 o Memorando com o Irã para poder interrogar fora da Argentina os acusados, a então presidente do país estava tentando livrar das acusações ex-autoridades iranianas em troca de benefícios comerciais.
O tribunal, no entanto, teve um entendimento diferente. "O Memorando de Entendimento com o Irã, independentemente de ser considerado um acerto ou erro político, não constituiu um crime nem um ato de acobertamento", assinalou em sua decisão.
Em sua argumentação na corte, Cristina descreveu a acusação como "um disparate, um escândalo judicial e político, obra de um instrumento de perseguição aos opositores políticos do governo de Mauricio Macri (2015-2019)." Ela chegou a ter um pedido de prisão feito pela Justiça.
O ataque de 1994 foi atribuído a governantes iranianos, liderados pelo então presidente, Ali Rafsanjani, e não houve condenação até hoje. O memorando foi assinado em 2013, com o aval do Congresso argentino, mas nunca foi ratificado pelo Legislativo em Teerã.
Nisman indiciou Cristina em janeiro de 2015, quando ela cumpria o último ano de seu segundo mandato como presidente. Dias depois, quando seria interrogado no Congresso, foi encontrado morto em sua casa com um tiro na cabeça. O caso chocou o país e levantou especulações de que ele teria sido assassinado.
Assim como até hoje não se sabe quem atacou a Amia - a maior suspeita recai sobre o grupo libanês Hezbollah com apoio do Irã - e a razão, não se sabe tampouco se Nisman se suicidou ou se foi assassinado. Neste caso, por quem e por quê.
Todos os réus na causa por acobertamento, incluindo o já falecido ex-ministro das Relações Exteriores Héctor Timerman, foram dispensados nesta quinta, mas ainda é possível recorrer da decisão na Câmara de Cassação Penal.
A hoje vice-presidente argentina já foi dispensada de vários processos por corrupção durante seus dois mandatos presidenciais (2007-2015), mas ainda responde a seis.
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