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Internacional

- Publicada em 06 de Outubro de 2021 às 20:12

Boris Johnson ignora escassez no Reino Unido em encontro do Partido Conservador

Discurso de Johnson foi marcado mais pelo otimismo do que por propostas concretas

Discurso de Johnson foi marcado mais pelo otimismo do que por propostas concretas


OLI SCARFF/AFP/JC
Escassez foi uma palavra em alta no Reino Unido nos últimos meses. Postos de gasolina sem combustível, falta de trabalhadores em diversos setores e prateleiras de lojas vazias foram constantes que os britânicos tiveram que se acostumar de tempos para cá. Mas nada disso foi mencionado pelo primeiro-ministro Boris Johnson nesta quarta-feira (6), durante a conferência anual do Partido Conservador - primeiro encontro presencial da legenda em dois anos - realizado em Manchester.
Escassez foi uma palavra em alta no Reino Unido nos últimos meses. Postos de gasolina sem combustível, falta de trabalhadores em diversos setores e prateleiras de lojas vazias foram constantes que os britânicos tiveram que se acostumar de tempos para cá. Mas nada disso foi mencionado pelo primeiro-ministro Boris Johnson nesta quarta-feira (6), durante a conferência anual do Partido Conservador - primeiro encontro presencial da legenda em dois anos - realizado em Manchester.
Johnson ignorou os solavancos econômicos e afirmou que o Reino Unido emergiria do Brexit e da pandemia do novo coronavírus como uma nação mais produtiva e dinâmica, encerrando "décadas de oscilações e oscilações" e enfrentaria "fraquezas estruturais de longo prazo", especialmente a dependência de mão de obra de baixo custo do exterior.
Relaxado e entusiasmado na frente de uma plateia amigável, o discurso de Johnson foi marcado mais pelo otimismo do que por propostas concretas. O premiê exaltou as "liberdades do Brexit", trazidas pela saída do Reino Unido da União Europeia, mesmo com os percalços econômicos. "Estamos embarcando agora em uma mudança de direção que há muito se esperava na economia do Reino Unido", disse Johnson, prometendo "não usar a imigração como desculpa para o fracasso em investir".
Durante a conferência, a principal ideia defendida por Johnson para o crescimento econômico foi trazer oportunidades de emprego e melhores salários para todo o país, por meio de melhor infraestrutura e um melhor controle da imigração desenfreada. O premiê prometeu trabalhar por uma sociedade de salários elevados e produtividade alta com uma economia de baixa taxação.
"Imigração descontrolada mantém os salários baixos. A resposta para controlar a imigração é permitir que as pessoas de talento venham sim para esse país, mas não usar isso como uma desculpa pela falha de não investirmos nas nossas pessoas, em qualificação e em maquinário necessário para os britânicos trabalharem", declarou.
O primeiro-ministro disse ainda que ao nivelar as oportunidades pelo país, os trabalhadores não precisarão deixar seus locais para procurar o sudeste britânico. "O talento está em todo lugar por esse país, mas as oportunidades não."
Com a promessa de distribuir os melhores professores de ciências e matemática pelo Reino Unido e qualificar as rodovias, Johnson defendeu também que "nivelar o país para cima" passa por dar poder à polícia para combater o crime e o tráfico de drogas. "A criminalidade está caindo. Não só porque 'trancamos' as pessoas pelos últimos 18 meses (referindo-se às políticas de lockdown), mas porque temos um governo conservador que entende como lutar contra o crime".
Com o retorno dos trabalhadores aos escritórios, Johnson disse que o transporte é um dos principais "niveladores de escala", e que quer fazer os trajetos para o trabalho mais rápidos e em ônibus limpos, verdes e sustentáveis.
Elogiando o Serviço Nacional de Saúde britânico, Johnson disse ainda que os profissionais de saúde sacrificaram suas vidas. "Nós conservadores apoiamos aqueles que compartilham nossos valores como o trabalho árduo. Para a NHS (Serviço Nacional de Saúde) iremos usar nova tecnologia e garantir que o dinheiro dos britânicos vá para a linha de frente e não para a burocracia", disse. 
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