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Internacional

- Publicada em 29 de Setembro de 2021 às 20:41

China constrói centro com 5 mil quartos para quarentena de passageiros do exterior

Equipamentos de inteligência artificial irão reduzir contatos desnecessários e, como consequência, os riscos de contaminação

Equipamentos de inteligência artificial irão reduzir contatos desnecessários e, como consequência, os riscos de contaminação


STR/AFP/JC
A China deve pôr em operação nos próximos dias o primeiro de seus centros de quarentena gigantes em Ghangzhou, capital da província de Guangdong, no sul do país. A estação tem mais de 250 mil metros quadrados e capacidade para receber até 5.074 viajantes para o cumprimento das medidas de isolamento para conter a proliferação do coronavírus.
A China deve pôr em operação nos próximos dias o primeiro de seus centros de quarentena gigantes em Ghangzhou, capital da província de Guangdong, no sul do país. A estação tem mais de 250 mil metros quadrados e capacidade para receber até 5.074 viajantes para o cumprimento das medidas de isolamento para conter a proliferação do coronavírus.
O conjunto de prédios de três andares, em uma área que abrange o equivalente a 46 campos de futebol, custou cerca de US$ 260 milhões (R$ 1,4 bilhão) e foi construído do zero em menos de três meses.
Segundo o Global Times, jornal controlado pelo Partido Comunista Chinês, as primeiras 184 equipes médicas começaram a trabalhar na estação há cerca de duas semanas com a ajuda de equipamentos de inteligência artificial para reduzir contatos desnecessários e, como consequência, os riscos de contaminação. Os recursos tecnológicos permitirão, entre outras atividades, verificações de temperatura, investigações epidemiológicas e registros de entrada e saída na estação, além de coleta e armazenamento de dados sobre a saúde de cada um dos quarentenados.
Os viajantes serão transferidos em linhas diretas com origem no aeroporto e ficarão confinados por pelo menos duas semanas. Necessidades diárias como o fornecimento de água e alimentos serão tarefas executadas por robôs, também uma forma de minimizar o contato.
A Estação Internacional de Saúde de Guangzhou, como as instalações foram oficialmente batizadas, é a primeira desse tipo na China e foi planejada para substituir hotéis da metrópole de mais de 15 milhões de habitantes que vinham sendo designados exclusivamente para receber viajantes em quarentena.
Além disso, o modelo deve ser replicado em outras grandes cidades chinesas - projetos semelhantes já estão em andamento em Dongguan e Shenzhen. "Esta não é apenas uma medida paliativa", disse Yanzhong Huang, pesquisador de saúde global do think tank Conselho de Relações Exteriores, em entrevista à rede norte-americana CNN. Em sua avaliação, os líderes chineses acreditam que a pandemia ainda não está tão próxima do fim e, por isso, o controle estrito das fronteiras ainda é necessário. "Instalações como essa servem como uma forma de institucionalizar a estratégia de tolerância zero."
Apesar do fechamento rigoroso que durou mais de 18 meses na China, alguns surtos de Covid-19 foram registrados esporadicamente. Em maio, a província de Guandong foi particularmente afetada por casos da variante Delta em uma época em que mais de 90% dos viajantes estrangeiros que tinham permissão para entrar na China chegavam nessa região.
Neste mês, em meio ao receio sobre a ascensão de casos de Covid-19, a China decretou um lockdown na cidade de Xiamen, de 3,7 milhões de habitantes, para tentar conter um novo surto que começa a se espalhar pela província de Fujian, no sudeste do país.
Quando, no final de junho, o surto estava contido, as autoridades locais concluíram que as medidas postas em prática até então ainda não eram suficientes e começaram as obras da nova estação, com mais de 4.000 trabalhadores designados para a tarefa - eles próprios também submetidos ao isolamento.
De acordo com o jornal Guangzhou Daily, as equipes médicas cumprirão escalas que envolvem 28 dias de trabalho, seguidos de uma semana de quarentena na própria estação e mais duas semanas de isolamento em casa.
Até esta quarta-feira (29), a China registra oficialmente 108 mil casos e 4.849 mortes por coronavírus, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. Há duas semanas, o país ultrapassou a marca de 1 bilhão de pessoas com o esquema de vacinação completo contra a Covid-19. Segundo o portal Our World in Data, 76,22% da população chinesa recebeu ao menos uma dose do imunizante, e os que estão completamente vacinados representam 70,78%.
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