O Reino Unido anunciou, nesta terça-feira (14), que oferecerá uma terceira dose das vacinas contra a Covid-19 a todas as pessoas com mais de 50 anos e com comorbidades. O objetivo é para evitar a volta de restrições antipandemia. A decisão foi anunciada pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que não descartou a possibilidade de tirar da gaveta um "plano B", se houver sinais de risco de sobrecarga no sistema público de saúde.
A adoção da medida ocorre depois de um painel de especialistas dizer que os reforços eram necessários para proteger contra a diminuição da imunidade neste inverno. O secretário de Saúde, Sajid Javid, disse que o governo havia aceitado a recomendação do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) e começaria a oferecer doses de reforço na próxima semana. A Organização Mundial da Saúde (OMS), contudo, pediu às nações ricas que adiem as doses de reforço até que todos os países tenham vacinado pelo menos 40% de suas populações.
Ao Parlamento, Javid afirmou também que é "altamente provável" que a vacina seja obrigatória para funcionários da saúde pública e assistentes sociais. No momento, ela é compulsória para funcionários de lares de idosos na Inglaterra.
O JCVI ressaltou que as vacinas de reforço são necessárias para garantir que as pessoas estejam protegidas contra a doença, porque estudos mostraram que a imunidade conferida pelas vacinas enfraquece com o tempo. O painel recomendou que todos com mais de 50 anos, bem como profissionais de saúde, pessoas com problemas de saúde subjacentes e aqueles que vivem com pessoas imunossuprimidas, recebam uma injeção de reforço pelo menos seis meses após terem recebido a segunda dose da vacina.
Além disso, de acordo com o governo britânico, medidas mais duras podem se tornar necessárias em quatro situações: 1) se a lotação dos hospitais aumentar muito, 2) se houver uma aceleração sensível nos casos de doença grave, 3) se subir a proporção de pessoas contaminadas que precisam ser internadas ou 4) se o sistema público de saúde estiver sob estresse por outro motivo que não a pandemia.