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Internacional

- Publicada em 18 de Agosto de 2021 às 17:17

Presidente do Afeganistão fugiu para os Emirados Árabes

Ghani não renunciou formalmente ao cargo, apesar de ter deixado o país e ter perdido o poder de fato

Ghani não renunciou formalmente ao cargo, apesar de ter deixado o país e ter perdido o poder de fato


SAJJAD HUSSAIN/AFP/JC
Desde que deixou o país no último domingo (15), após o Taleban cercar Cabul e praticamente encerrar a disputa pelo poder no país, o paradeiro do presidente Ashraf Ghani era desconhecido. Muito se especulou sobre qual teria sido o destino do ainda presidente de direito do Afeganistão, mas apenas nesta quarta-feira (18), o governo dos Emirados Árabes Unidos confirmou que recebeu o líder político afegão.
Desde que deixou o país no último domingo (15), após o Taleban cercar Cabul e praticamente encerrar a disputa pelo poder no país, o paradeiro do presidente Ashraf Ghani era desconhecido. Muito se especulou sobre qual teria sido o destino do ainda presidente de direito do Afeganistão, mas apenas nesta quarta-feira (18), o governo dos Emirados Árabes Unidos confirmou que recebeu o líder político afegão.
Em um comunicado da agência de notícias oficial WAM, o Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional dos Emirados Árabes confirmou que Ghani e sua família foram recebidos no país "por considerações humanitárias". Não foram divulgadas, no entanto, mais detalhes sobre sua chegada.
O grupo fundamentalista, que busca instaurar uma versão radical da lei islâmica, se espalhou por todo o país, invadindo uma cidade após a outra até conquistar Cabul. Após o cerco à capital, Ghani deixou o país em segredo, causando certa confusão inclusive entre líderes do grupo rebelde - que haviam prometido não entrar na cidade até a noite do domingo, mas voltaram atrás e tomaram o controle após a informação de que o presidente havia fugido, para "evitar saques e caos social", segundo seus líderes.
Inicialmente, especulou-se que o presidente tivesse cruzado a fronteira em direção ao Tajiquistão. Posteriormente, foram levantadas hipóteses de que ele poderia ter ido ao Uzbequistão ou Omã.
Ghani não renunciou formalmente ao cargo, apesar de ter deixado o país e ter perdido o poder de fato. Após a tomada da capital, sem resistência das forças afegãs, o presidente divulgou um comunicado, dizendo ter fugido para "evitar um derramamento de sangue", já que os insurgentes estavam dispostos a atacar Cabul para tirá-lo do poder. Desde então não fez qualquer declaração pública.
A fuga de Ghani foi criticada por autoridades afegãs como Abdullah Abdullah, representante do governo na mesa de negociações de paz em Doha, que chegou a afirmar que o presidente seria julgado por Deus após ter abandonado o país em um momento tão difícil.
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