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Tunísia abre investigações de corrupção contra principal partido islâmico
O Ennahdha é o maior partido no Parlamento tunisiano, cujas atividades foram suspensas nesta semana pelo presidente Kais Saied
FETHI BELAID/ AFP/JC
Promotores tunisianos abriram uma investigação sobre suposto financiamento estrangeiro de campanha e doações anônimas ao movimento islâmico Ennahdha e dois outros partidos políticos, segundo a mídia local.
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Promotores tunisianos abriram uma investigação sobre suposto financiamento estrangeiro de campanha e doações anônimas ao movimento islâmico Ennahdha e dois outros partidos políticos, segundo a mídia local.
O Ennahdha é o maior partido no Parlamento tunisiano, cujas atividades foram suspensas nesta semana pelo presidente Kais Saied. Além de suspender o Parlamento, Saied também demitiu o primeiro-ministro e membros-chave do gabinete, dizendo que era necessário estabilizar um país em crise econômica e de saúde. Mas o Ennahdha e outros críticos o acusam-no de ultrapassar os limites constitucionais e promover um golpe de Estado, ameaçando a jovem democracia da Tunísia.
O porta-voz da promotoria, Mohsen Daly, disse nesta quarta-feira (28), na rádio Mosaique FM que as investigações foram abertas em meados de julho. Ele também detalhou que as apurações correm na agência nacional anticorrupção do país - instituição suspeita de corrupção - e na Comissão da Verdade e Dignidade da Tunísia, criada para enfrentar os abusos durante as décadas de governo autocrático da Tunísia.
O líder do Ennahdha, Rachid Ghannouchi, afirmou na terça-feira (27) que seu partido é um alvo perfeito para culpar pela crise no país. À Associated Press, Ghannouchi declarou que seu partido está trabalhando para formar uma "frente nacional" para conter a decisão de Saied de suspender a legislatura, para pressionar o presidente e "exigir o retorno a um sistema democrático".