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Internacional

- Publicada em 27 de Julho de 2021 às 16:08

Tribunal de Londres reabre processo de R$ 35 bilhões por desastre de Mariana, em Minas Gerais

Tribunal londrino concedeu permissão para um recurso contra decisão de um tribunal inferior

Tribunal londrino concedeu permissão para um recurso contra decisão de um tribunal inferior


DANIEL LEAL-OLIVAS/AFP/JC
Um grupo formado por cerca de 200 mil reclamantes brasileiros conseguiu ressuscitar um processo de 5 bilhões de libras (cerca de R$ 35 bilhões) movido na Inglaterra contra a mineradora anglo-australiana BHP pelo rompimento de uma barragem em Mariana (MG) em 2015, que causou o maior desastre ambiental da história do Brasil.
Um grupo formado por cerca de 200 mil reclamantes brasileiros conseguiu ressuscitar um processo de 5 bilhões de libras (cerca de R$ 35 bilhões) movido na Inglaterra contra a mineradora anglo-australiana BHP pelo rompimento de uma barragem em Mariana (MG) em 2015, que causou o maior desastre ambiental da história do Brasil.
Em uma reviravolta, o Tribunal de Recursos de Londres deu aval nesta terça-feira (27) para que o caso seja reaberto, concedendo permissão para um recurso contra decisão de um tribunal inferior, que havia suspendido a ação em novembro.
Paralelamente, um acordo está sendo negociado entre as mineradoras Samarco, Vale, BHP e autoridades para reparar danos causados pelo rompimento. No começo deste mês, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), disse que o acordo poderá atingir R$ 100 bilhões a serem desembolsados em cinco anos. As renegociações, já previstas para ocorrer desde 2016, começaram no mês passado e deverão durar cerca de 120 dias.
O colapso da estrutura da Samarco, uma joint venture da Vale com o grupo anglo-australiano BHP, foi considerado à época o maior desastre socioambiental da história do Brasil, deixando 19 mortos e centenas de desabrigados, além de poluir o rio Doce em toda a sua extensão até o mar capixaba. Foram afetadas diretamente 41 cidades, segundo o MPF.
No dia 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro de Mariana, deixou 19 mortos e 362 famílias desabrigadas. Toneladas de rejeitos de mineração foram despejadas no rio Doce e no Oceano Atlântico. 
Três anos depois, em janeiro de 2019, ocorreu uma nova tragédia: o rompimento da barragem de rejeitos da Mina do Feijão, no município de Brumadinho, também em Minas Gerais. O colapso deixou 270 mortos e 10 desaparecidos.
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