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Internacional

- Publicada em 22 de Julho de 2021 às 20:09

Argentina é o primeiro país da América Latina a criar documento para não binários

Fernández (c) celebrou a entrada em vigor da regra no Museu do Bicentenário, na Casa Rosada

Fernández (c) celebrou a entrada em vigor da regra no Museu do Bicentenário, na Casa Rosada


CASA ROSADA PRESIDÊNCIA DA ARGENTINA/DIVULGAÇÃO/JC
Um dia depois da oficialização dos documentos de identidade argentinos com a opção de incorporar os não binários, o filho do presidente Alberto Fernández, Estanislao, afirmou que mudará seu DNI (RG local). "Não me considero homem, me considero uma pessoa não binária", disse o rapaz de 26 anos por meio de sua conta de Instagram.
Um dia depois da oficialização dos documentos de identidade argentinos com a opção de incorporar os não binários, o filho do presidente Alberto Fernández, Estanislao, afirmou que mudará seu DNI (RG local). "Não me considero homem, me considero uma pessoa não binária", disse o rapaz de 26 anos por meio de sua conta de Instagram.
Além disso, pediu que não seja mais chamado de Estanislao, mas sim de Dyzhy, como já é conhecido como cosplayer e DJ. "As pessoas precisam se desconstruir para que esses temas sejam naturalizados. Obviamente ainda existe gente do mal: transfóbicos e homofóbicos", afirmou Dyzhy. "Nós continuamos conquistando direitos. Nenhum retrógrado vai nos parar", completou.
A nova norma permite que as pessoas que não se identificam com as categorias feminina e masculina possam optar pela opção "x", tanto no DNI como no passaporte.
A Argentina passou a ser, assim, o primeiro país da América Latina que oferece essa opção. "Ao Estado não deveria importar qual é o sexo de seus cidadãos. Há outras identidades além de homem e mulher que devem ser respeitadas", disse o mandatário argentino na cerimônia que celebrou a entrada em vigor da regra, no Museu do Bicentenário, na Casa Rosada.
Fernández disse que a medida é "apenas um passo" de um processo que terminará quando "a ninguém mais se pergunte se é um homem, mulher ou o que seja. Esse é o ideal que temos que alcançar", afirmou. Ele estava acompanhado do ministro do Interior, Eduardo Wado de Pedro, e da ministra das Mulheres, Gênero e Diversidade, Elizabeth Gómez Alcorta.
Entre outros países que reconhecem documentos de identidade de gênero fora do binômio masculino e feminino estão o Canadá, a Austrália, a Alemanha e a Índia, além de alguns estados dos EUA. No Uruguai, há um projeto de lei em trâmite no Congresso para regulamentar esse direito.
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