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Internacional

- Publicada em 19 de Julho de 2021 às 15:09

Dois candidatos inesperados vencem primárias e disputarão presidência do Chile

Participação do eleitorado nas primárias foi baixa, com 19,9% de comparecimento

Participação do eleitorado nas primárias foi baixa, com 19,9% de comparecimento


JAVIER TORRES/AFP/JC
A eleição presidencial no Chile, marcadas para 21 de novembro, terá participação renovada de políticos de esquerda e de direita, segundo resultado das primárias realizadas no domingo (18).
A eleição presidencial no Chile, marcadas para 21 de novembro, terá participação renovada de políticos de esquerda e de direita, segundo resultado das primárias realizadas no domingo (18).
Seguindo uma tendência da eleição constituinte, partidos tradicionais foram derrotados na disputa. Com 97% dos votos apurados, liderava o pleito, pela direita, o independente Sebastián Sichel, de 43 anos, e pela esquerda, Gabriel Boric, de 35 anos, que ganhou projeção com os protestos estudantis de 2011. Eles devem enfrentar candidatos independentes e de partidos menores no pleito, que definirá o substituto de Sebastián Piñera.
Dos dois lados, houve surpresa. Pela direita, figuravam como favoritos Joaquín Lavín, ex-prefeito de Las Condes, e Ignacio Briones, do Evópoli. Pela esquerda, despontava o comunista Daniel Jadue. Ambos foram derrotados.
A participação do eleitorado, porém, foi baixa, com 19,9% de comparecimento. Nas primárias chilenas, o voto não é obrigatório e qualquer eleitor pode participar, sem a necessidade de pertencer a um partido.
"Foi possível. Estamos muito contentes. Ganharam milhões de chilenos que lutaram para sair adiante. Conversamos com todos, vamos fazer um trabalho grande com todos", disse Sichel. Já Gabriel Boric afirmou que "esta é uma convocatória a todos os jovens, em novembro precisamos de todos vocês, não tenham medo da juventude".
As eleições no Chile vêm tendo uma baixa adesão. O pleito regional em junho deste ano, por exemplo, teve participação de apenas 19,7% do padrão eleitoral. O resultado foi uma dura derrota para a coalizão de direita Chile Vamos, de Piñera. Dos 13 cargos em disputa, eles venceram apenas um - Luciano Rivas, na Araucania. Os demais ficaram com partidos de esquerda ou de centro-esquerda.
Desde que o voto deixou de ser obrigatório no Chile, em 2012, nenhum pleito superou os 50% de comparecimento, exceto o plebiscito pela nova Constituição, em outubro do ano passado, quando pouco mais da metade dos eleitores - 51% - foram às urnas.
A realização do plebiscito, no qual 78% dos votantes optaram por substituir a atual Carta, herança do ditador Augusto Pinochet, foi uma resposta aos intensos protestos que começaram no Chile no fim de 2019. A eleição para os integrantes da Assembleia Constituinte, em maio deste ano, não refletiu, porém, o furor das ruas, com um baixo índice de comparecimento (42,5%).
Ainda assim, a composição da Constituinte foi um recado ao governo de Piñera e aos partidos tradicionais. Os candidatos independentes foram os mais votados e conquistaram 65 das 155 cadeiras. A aliança governista, que concorreu em uma lista única, conseguiu apenas 37 das 155 cadeiras, e a esquerda, dividida em duas relações, conquistou 53 assentos.
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