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Internacional

- Publicada em 08 de Julho de 2021 às 17:27

Buscas por sobreviventes em prédio que desabou na Flórida são encerradas

Na quarta-feira (7), mais 18 corpos foram retirados dos escombros, elevando o total de vítimas para 54

Na quarta-feira (7), mais 18 corpos foram retirados dos escombros, elevando o total de vítimas para 54


Anna Moneymaker/Getty Images/AFP/JC
Quase duas semanas desde o início das buscas no prédio que desabou parcialmente em Surfside, ao norte de Miami Beach, no estado da Flórida, as equipes de resgate decidiram encerrar a procura por sobreviventes nesta quarta-feira (7). "Apenas baseado nos fatos, há chance zero de sobrevivência", disse o chefe-adjunto dos Bombeiros de Miami-Dade, Ray Jadallah, aos familiares dos desaparecidos em uma reunião privada. Na quarta, mais 18 corpos foram retirados dos escombros do edifício, elevando o total de vítimas para 54, enquanto 86 permanecem desaparecidas.
Quase duas semanas desde o início das buscas no prédio que desabou parcialmente em Surfside, ao norte de Miami Beach, no estado da Flórida, as equipes de resgate decidiram encerrar a procura por sobreviventes nesta quarta-feira (7). "Apenas baseado nos fatos, há chance zero de sobrevivência", disse o chefe-adjunto dos Bombeiros de Miami-Dade, Ray Jadallah, aos familiares dos desaparecidos em uma reunião privada. Na quarta, mais 18 corpos foram retirados dos escombros do edifício, elevando o total de vítimas para 54, enquanto 86 permanecem desaparecidas.
À zero hora desta quinta-feira (8) no horário local (23h de quarta em Brasília), a missão de busca e resgate de sobreviventes foi oficialmente modificada para busca e retirada dos escombros do complexo Champlain Towers South. "É com profunda tristeza que compartilho que tomamos uma decisão extremamente difícil", afirmou a prefeita do condado de Miami-Dade, Daniella Cava Levine, em entrevista coletiva.
Ao jornal local Miami Herald, o coronel israelense Golan Vach, líder de uma unidade especializada de busca e resgate no Exército do país que está trabalhando com as equipes da Flórida, explicou que a retirada de escombros não se resume a uma escavadeira recolher os materiais e levá-los para um grande depósito.
"A realidade é que trabalhamos com máquinas, sabemos onde escavar, onde olhar. Procuramos manualmente, encontramos vítimas e as retiramos com muito cuidado." Além dos israelenses, o resgate contou com equipes do México e do Texas para auxiliar nas buscas.
A notícia do encerramento da procura por sobreviventes vem após a explosão controlada da parte do edifício que ainda estava em pé, realizada na noite de domingo (4). As autoridades decidiram demolir os restos do prédio devido à chegada da tempestade tropical Elsa à região. O temor era o de que a tempestade provocasse o desmoronamento do resto do edifício, o que colocaria as equipes de resgate em perigo.
Após a demolição, as equipes ouviram sons vindo do entulho, não de vozes humanas, mas batidas e estrondos que não eram possíveis de identificar, mas pareciam promissores. Enquanto cavavam a pilha, porém, apenas objetos foram encontrados.
O complexo Champlain Towers South, construído há 40 anos, tinha 12 andares e 136 apartamentos. O bloco com vista para o mar desabou, por motivos que estão sendo investigados.
Um relatório sobre o estado do edifício indicava já em 2018 "danos estruturais significativos", bem como "fissuras" no estacionamento. A divulgação de uma carta da presidente da associação de coproprietários datada de abril alimentou o debate sobre se o desastre poderia ter sido evitado.
Entre os moradores do prédio que caiu estavam alguns brasileiros, como a empresária Deborah Soriano, de 58 anos. Embora o desabamento tenha acontecido de madrugada, ela estava acordada, limpando a casa após um jantar, quando sentiu uma explosão e foi jogada para o outro lado do cômodo.
Quando abriu a porta de seu apartamento, deparou-se com o vazio. "Não tinha ideia do que estava acontecendo, se era ataque terrorista, se era terremoto, não deu para captar", conta. "Fui ao terraço e vi tipo uma neblina, não dava para enxergar nada. Quis sair, abri a porta do apartamento e não tinha corredor. Não tinha mais nada. Estava tudo despencado."
Deborah conseguiu sair pela escada de emergência, encontrou outros vizinhos na parte de baixo, mas as portas estavam bloqueadas pelo entulho. "A gente achou um buraco na parede, se meteu por esse buraco, foi de buraco em buraco até conseguir sair perto da frente do prédio. Aí os bombeiros vieram com um monte de escadas. Foi bem louco, na verdade, não sei nem quanto tempo durou tudo isso."
Erick de Moura, outro brasileiro que morava no prédio, salvou-se do desabamento ao atender ao pedido da namorada para que dormisse na casa dela naquela noite.
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