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Internacional

- Publicada em 20 de Junho de 2021 às 19:35

Eleição regional mostra recuo da ultradireita francesa

Pleitos locais servem como termômetro para a campanha presidencial do ano que vem

Pleitos locais servem como termômetro para a campanha presidencial do ano que vem


LOIC VENANCE/AFP/JC
Uma abstenção recorde, de 2 em cada 3 eleitores, marcou neste domingo as eleições regionais da França, onde o voto não é obrigatório. Segundo estimativa do instituto Ipsos para a France TV, a abstenção em nível nacional foi de 66,1% e chegou a 70,8% na região do Grande Leste. O menor índice foi na Córsega, com 44,1%.
Uma abstenção recorde, de 2 em cada 3 eleitores, marcou neste domingo as eleições regionais da França, onde o voto não é obrigatório. Segundo estimativa do instituto Ipsos para a France TV, a abstenção em nível nacional foi de 66,1% e chegou a 70,8% na região do Grande Leste. O menor índice foi na Córsega, com 44,1%.
"É o mal-estar democrático que se aprofunda", afirmou à FranceInfo o cientista político Rémi Lefebvre. "É uma abstenção histórica, mais estrutural do que cíclica. A pandemia não a explica", disse ele.
Segundo levantamento feito pelo serviço noticioso francês, 39% dos não votantes afirmaram não ter ido às urnas porque "estas eleições não vão mudar nada no cotidiano", 23% disseram estar insatisfeitos com os políticos em geral, e 22% afirmaram não ter identificação com nenhum dos candidatos.
A votação era considerada uma espécie de termômetro para as eleições presidenciais de abril de 2022, que devem opor o atual presidente francês, Emmanuel Macron, do centrista A República em Marcha (LREM), à ultradireitista Marine Le Pen, do Reunião Nacional (RN).
Pesquisas mostravam que Le Pen poderia chegar em primeiro lugar em 6 das 13 regiões, mas o RN obteve a maioria dos votos apenas na região de Provença-Alpes-Côte d'Azur, no Sudeste francês. Ainda assim, com 34,8% dos votos, o candidato da ultradireita era seguido de perto pelos Republicanos, com 33,7%.
Os Republicanos, partido de centro-direita (mais para a direita que para o centro), que obteve a maior parcela dos que se dispuseram a ir votar em todo o país: 27,2%. A ultradireita do RN ficou com 19,3%. Já o grupo de Macron obteve 11,2% dos votos, de acordo com a pesquisa do Ipsos.
Analistas consideraram os resultados um luminoso sinal amarelo para Emmanuel Macron, já que ministros de seu governo se envolveram nas eleições e o encarregado das relações com o Parlamento, Marc Fesneau, terminou em quarto lugar, com 15,5%, na região do Centro-Vale do Loire.
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