Israel atacou nesta quinta-feira (17), pela segunda noite, alvos palestinos na Faixa de Gaza. A ação foi uma resposta ao lançamento de balões carregados de explosivos feitos a partir do enclave controlado pelo Hamas. Os balões causaram oito incêndios, que foram contidos sem deixar vítimas. O Exército israelense ordenou à tropa que se prepare para a possibilidade de uma nova ofensiva.
De acordo com a imprensa palestina, um dos ataques teve como alvo um prédio controlado pelo Hamas na cidade de Beit Lahiya, em Gaza. Bombas também caíram sobre um prédio de seis andares administrado pelo grupo. Os israelenses também bombardearam uma base do Hamas perto de Khan Younis e campos agrícolas que abrigariam lançadores de foguetes subterrâneos. Até o início da madrugada não havia relatos de feridos entre os palestinos.
"Os ataques foram realizados em resposta ao lançamento contínuo de balões incendiários contra o território israelense", afirmou o Exército, em comunicado. Israel também realizou ataques aéreos na terça-feira (15), tendo como alvo o que diz ser instalações do Hamas, sem deixar vítimas. Após um pedido do Egito, que mediou o último cessar-fogo, não houve ataques na quarta-feira - embora balões continuassem a ser lançados de Gaza.
Os balões incendiários não são uma tática nova, mas os bombardeios dos últimos dias são a resposta mais dura desde que os palestinos adotaram a prática, há três anos. O Exército israelense considera o Hamas responsável. O grupo palestino, porém, afirma que os lançamentos são "ações populares legítimas" contra Israel e não devem ser consideradas uma violação do cessar-fogo.
Em Israel, os bombeiros têm tido trabalho para conter o fogo. Mais de três hectares de limoeiros no Kibutz Nir Am foram queimados. Parques, plantações de trigo e tangerina também foram destruídos. Ao todo, os balões incendiários queimaram cerca de 30 hectares de terra.
Um dos fatores de insatisfação do Hamas, segundo a imprensa israelense, é econômico. O auxílio mensal enviado pelo Catar foi barrado pelos israelenses e não teria chegado ao grupo. O pagamento de milhões de dólares foi suspenso, segundo Israel, até que os palestinos libertem dois civis e devolvam os corpos de dois soldados israelenses.