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Internacional

- Publicada em 13 de Junho de 2021 às 18:50

Ativista pró-democracia é libertada após 7 meses presa em Hong Kong

Agnes Chow faz parte da geração de ativistas que começou a militar na política ainda na adolescência

Agnes Chow faz parte da geração de ativistas que começou a militar na política ainda na adolescência


ISAAC LAWRENCE/AFP/JC
A ativista pró-democracia de Hong Kong Agnes Chow foi libertada sábado (12), após quase sete meses presa por ter participado de protestos contra o governo em 2019. Chow, de 24 anos, foi condenada junto com outros dois conhecidos ativistas, Joshua Wong e Ivan Lam, que ainda estão na prisão. Ela comemorou no Instagram "o fim da agonia" e disse que deseja se recuperar dos meses detida, que "a deixaram muito fraca".
A ativista pró-democracia de Hong Kong Agnes Chow foi libertada sábado (12), após quase sete meses presa por ter participado de protestos contra o governo em 2019. Chow, de 24 anos, foi condenada junto com outros dois conhecidos ativistas, Joshua Wong e Ivan Lam, que ainda estão na prisão. Ela comemorou no Instagram "o fim da agonia" e disse que deseja se recuperar dos meses detida, que "a deixaram muito fraca".
A razão da libertação antecipada de Chow, que havia sido sentenciada a 10 meses, não foi divulgada. O Departamento de Serviços Correcionais de Hong Kong não respondeu a um pedido de comentário da agência Reuters.
A jovem faz parte da geração de ativistas que começou a militar na política ainda na adolescência, com os movimentos como a "revolução guarda-chuva" em 2014. Sua libertação ocorre exatamente dois anos após os grandes protestos em favor da democracia, um aniversário que coloca a ex-colônia britânica sob pressão.
Cerca de 2 mil policiais foram deixados em alerta no sábado, enquanto chamados para manifestações eram lançados nas redes sociais. As autoridades mantiveram a proibição de protestos, com o argumento de combater a pandemia do coronavírus, embora apenas três novos casos tenham sido identificados no mês passado.
Muitos ativistas foram presos nos últimos meses, e a oposição agora é criminalizada por novas leis repressivas impostas pelo governo de Pequim. Em 12 de junho de 2019, milhares de pessoas cercaram a sede do parlamento de Hong Kong na tentativa de impedir a aprovação de uma lei favorecendo as extradições, inclusive de opositores, para a China continental. A brutal dispersão policial dos protestos não impediu por mais de sete meses uma forte mobilização.
As autoridades chinesas recusaram-se a ceder e impuseram a Hong Kong uma lei de segurança nacional, que permitiu a prisão de mais de 100 pessoas, incluindo Agnes Chow. Dezenas de militantes foram levados à Justiça, incluindo o magnata da imprensa Jimmy Lai. A maioria não tem direito a fiança e pode pegar prisão perpétua.
Joshua Wong, o mais famoso desses jovens, teve recentemente sua sentença aumentada por uma nova condenação, por ter convocado em 2020 uma manifestação em 4 de junho para marcar o aniversário da repressão sangrenta na Praça da Paz Celestial em 1989. Até agora, Chow cumpriu pena apenas pelos fatos do dia 12 de junho de 2019 e corre o risco de ser acusada novamente pelos eventos subsequentes.
As manifestações agora estão quase todas proibidas, mas aniversários, como o de sábado, continuam sendo momentos de tensão. Na sexta-feira, dois ativistas de um grupo pró-democracia foram presos após serem acusados de convocar uma manifestação.
Na semana passada, as autoridades proibiram eventos marcando o massacre da Praça da Paz Celestial e a polícia bloqueou o acesso ao Victoria Park, onde uma vigília é realizada anualmente há 32 anos. Muitos em Hong Kong não desistiram de protestar e acenderam velas ou seus celulares nas ruas adjacentes e por toda a cidade.
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