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Internacional

- Publicada em 23 de Maio de 2021 às 18:26

Manifestantes vão às ruas do Peru contra a candidatura de Keiko Fujimori

Marcha teve como lema 'Pelo Peru Keiko não vai'

Marcha teve como lema 'Pelo Peru Keiko não vai'


ERNESTO BENAVIDES/AFP/JC
As ruas de várias cidades do Peru ficaram lotadas de manifestantes no sábado em rejeição à candidatura presidencial de Keiko Fujimori, de 45 anos. As passeatas foram convocadas por grupos de direitos humanos e anticorrupção. O segundo turno da eleição entre Keiko e o sindicalista Pedro Castillo, 51 anos, está marcada para 6 de junho.
As ruas de várias cidades do Peru ficaram lotadas de manifestantes no sábado em rejeição à candidatura presidencial de Keiko Fujimori, de 45 anos. As passeatas foram convocadas por grupos de direitos humanos e anticorrupção. O segundo turno da eleição entre Keiko e o sindicalista Pedro Castillo, 51 anos, está marcada para 6 de junho.
Sob o lema "Pelo Peru Keiko não vai", em Lima a marcha foi realizada pacificamente com milhares de pessoas usando máscaras e agitando faixas com slogans contra a candidata e seu pai, o ex-ditador Alberto Fujimori, que esteve no poder de 1990 a 2000. A marcha começou à tarde na Plaza San Martín, epicentro dos protestos do país, e percorreu o centro histórico da cidade até antes do toque de recolher, em vigor às 21h devido à pandemia de coronavírus.
Os familiares das vítimas de violações dos direitos humanos durante o governo de Alberto Fujimori estavam na primeira fila. Também compareceram centenas de jovens que consideram o fujimorismo parte de uma classe política corrupta, que incendiou o país nas últimas três décadas.
"Fujimori nunca mais! É por isso que vim marchar, pela dignidade, pelo meu futuro, pelo futuro dos meus filhos, pelo futuro das outras gerações, é por isso que venho marchar, porque me sinto indignado com tanta corrupção, por tantas décadas sendo roubado e saqueado", disse à AFP um manifestante que se identificou como Roberto.
Keiko, que concorre à presidência pela terceira vez, lidera o Força Popular, partido fujimorista que ajudou a derrubar o hoje ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski, movimento que deu início à crise política no país: o presidente interino, Francisco Sagasti, é o quarto do atual mandato.
PPK, como Kuczynski é conhecido, renunciou em 2016. Seu sucessor, Martín Vizcarra, foi afastado em novembro de 2020 após enfrentar dois processos de impeachment, também sob a acusação de recebimento de propina, o que o enquadraria na categoria de "incapacidade moral", impedindo a continuidade no cargo. Na sequência, assumiu, por apenas seis dias, o congressista Manuel Merino de Lama, que renunciou depois dos episódios de violência que vieram na esteira da crise institucional.
No primeiro turno, Keiko obteve 13,4% dos votos, atrás de Castillo, com 18,9%. Para o segundo turno, ele também leva vantagem, segundo as últimas pesquisas de intenção de voto. Um levantamento publicado neste domingo (23) indica que 44,8% dos entrevistados pretendem votar em Castillo; para Keiko, a parcela é de 34%.
A sondagem foi realizada pelo Instituto de Estudos do Peru (IEP), a pedido do jornal La Republica, com 1.208 pessoas nos dias 20 e 21 de maio e teve uma margem de erro de 2,8 pontos percentuais. A pesquisa também indicou que 13% pretendem votar em branco ou anular seu voto em 6 de junho.
Sindicalista e professor do ensino médio, Castillo ficou conhecido nacionalmente ao liderar greves de docentes, a mais famosa delas em 2017. Candidato da aliança Perú Libre, ele defende maiores salários aos empregados do setor da educação. Tem um discurso anticorrupção e propõe dissolver o Tribunal Constitucional e a Constituição de 1993 - segundo ele, responsáveis por permitir práticas irregulares.
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