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Internacional

- Publicada em 20 de Maio de 2021 às 20:53

Polícia invade jornal opositor na Nicarágua e prende jornalistas

Há relatos de jornalistas do veículo presos e funcionários das agências AFP e EFE que estavam cobrindo o cerco ao prédio

Há relatos de jornalistas do veículo presos e funcionários das agências AFP e EFE que estavam cobrindo o cerco ao prédio


INTI OCON/AFP/JC
O escritório do jornal El Confidencial, que faz oposição à ditadura de Daniel Ortega, na Nicarágua, foi invadido pela polícia nesta quinta-feira (20) na capital, Manágua. Há relatos de jornalistas presos - o fotógrafo e cinegrafista Lionel Gutiérrez, do próprio jornal, e funcionários das agências AFP e EFE que estavam cobrindo o cerco ao prédio.
O escritório do jornal El Confidencial, que faz oposição à ditadura de Daniel Ortega, na Nicarágua, foi invadido pela polícia nesta quinta-feira (20) na capital, Manágua. Há relatos de jornalistas presos - o fotógrafo e cinegrafista Lionel Gutiérrez, do próprio jornal, e funcionários das agências AFP e EFE que estavam cobrindo o cerco ao prédio.
A informação foi primeiro publicada no Twitter pelo diretor do veículo, Carlos Fernando Chamorro, o principal jornalista nicaraguense e voz mais importante contra a ditadura no país.
Desde as manifestações de abril de 2018, o Confidencial e outros meios de comunicação de oposição têm sofrido perseguição por parte do governo e ameaças de prisão. A imprensa local também relata sofrer pressão para não veicular reportagens com os números de infectados e mortos pelo coronavírus. Segundo epidemiologistas, a pandemia tem afetado mais pessoas do que o governo divulga oficialmente.
A antiga Redação do Confidencial já havia sido confiscada em 2018, e Chamorro chegou a se refugiar na Costa Rica por vários meses. Alguns dos jornalistas que permaneceram no país foram presos, como Miguel Mora, diretor da emissora 100% Notícias. Ele ficou detido por mais de um ano sob acusação de "fomentar e incitar o ódio e a violência".
Aos policiais, que entraram no edifício depois de mantê-lo cercado durante um tempo, Chamorro pediu que preservassem o material de trabalho e a integridade dos jornalistas. Segundo as informações disponíveis, ele não estava no prédio neste momento.
Os novos avanços contra a imprensa ocorrem a seis meses da eleição presidencial, marcada para novembro, que decidirá um sucessor para Ortega. Os partidos de oposição não estão habilitados para participar do pleito. Se o próprio Ortega não for candidato - a reeleição indefinida está aprovada em seu mandato -, quem deve concorrer é sua mulher e vice-presidente, Rosario Murillo.
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