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Internacional

- Publicada em 12 de Maio de 2021 às 12:57

Justiça francesa determina julgamento da Air France e Airbus por queda do voo Rio-Paris

Em 2009, um avião que viajava entre o Rio de Janeiro e Paris caiu e matou toda a tripulação

Em 2009, um avião que viajava entre o Rio de Janeiro e Paris caiu e matou toda a tripulação


MARINHA DO BRASIL/AFP/JC
O Tribunal de Apelação de Paris ordenou, nesta quarta-feira (12), que as empresas Air France e Airbus sejam julgadas por "homicídio culposo" pela responsabilidade indireta no acidente de 2009, do voo Rio-Paris. Considerado o pior acidente da companhia aérea francesa, morreram todas as 228 pessoas a bordo do avião.
O Tribunal de Apelação de Paris ordenou, nesta quarta-feira (12), que as empresas Air France e Airbus sejam julgadas por "homicídio culposo" pela responsabilidade indireta no acidente de 2009, do voo Rio-Paris. Considerado o pior acidente da companhia aérea francesa, morreram todas as 228 pessoas a bordo do avião.
Em 2019, ao final das investigações, o caso havia sido arquivado a favor da companhia aérea franco-holandesa e da fabricante europeia de aviões. A decisão desta quarta, solicitada pela Procuradoria-Geral e as famílias das vítimas, invalida o arquivamento.
À AFP, os advogados da Airbus afirmam que pretendem recorrer ao Tribunal Supremo da França e caracterizam a decisão como "injustificável". Já a Air France nega ter cometido "falha penal" que tenha provocado o acidente.

Entenda o caso

No dia 1º de junho de 2009, um Airbus A330 que viajava entre o Rio de Janeiro e Paris caiu no Oceano Atlântico. O acidente foi fatal para todos os passageiros e integrantes da tripulação - 228 pessoas de 34 nacionalidades diferentes.
Depois de uma década de batalhas judiciais, o Ministério Público (MP) de Paris solicitou um julgamento apenas contra a Air France. O órgão considerava que a empresa "cometeu negligência e imprudência" na formação dos pilotos, aponta a AFP.
Os juízes de instrução ignoraram a recomendação e optaram por um arquivamento geral, alegando que a tragédia foi causada por uma "combinação de elementos". Segundo a AFP, eles avaliaram que as investigações "não levaram à caracterização de uma falha que pode ser atribuída a Airbus ou Air France" na origem do acidente.
Os peritos apontaram que o congelamento em voo das sondas de velocidade Pitot provocaram uma perturbação nas medições de velocidade do Airbus A330, o que desorientou os pilotos e causou a perda de controle do avião em menos de quatro minutos. Nos meses anteriores à queda da aeronave, foram registrados vários incidentes do mesmo tipo.
A Procuradoria-Geral, em apoio às partes civis, foi além do MP e solicitou o julgamento das duas empresas. À AFP, a Procuradoria-Geral relata que os executivos da Air France "não forneceram a formação e as informações necessárias para as tripulações", enquanto a Airbus "subestimou a gravidade das falhas das sondas de velocidade Pitot" e não atuou de maneira suficiente para corrigir esta falha perigosa.
As informações são da AFP.
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