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Coronavírus

- Publicada em 27 de Abril de 2021 às 03:00

Estados Unidos vão doar 60 milhões de doses da AstraZeneca

Estados Unidos vão doar todo o seu estoque da vacina AstraZeneca

Estados Unidos vão doar todo o seu estoque da vacina AstraZeneca


/Oli SCARFF / AFP/ JC
Os Estados Unidos anunciaram que vão doar todo o seu estoque de vacinas da AstraZeneca assim que o imunizante for aprovado nas análises de segurança federais, afirmou a Casa Branca. Segundo o governo, são estimadas 60 milhões de doses para exportação nos próximos meses.
Os Estados Unidos anunciaram que vão doar todo o seu estoque de vacinas da AstraZeneca assim que o imunizante for aprovado nas análises de segurança federais, afirmou a Casa Branca. Segundo o governo, são estimadas 60 milhões de doses para exportação nos próximos meses.
A medida supera a ação do governo Joe Biden no mês passado para compartilhar cerca de 4 milhões de doses da vacina com o México e o Canadá. A vacina AstraZeneca é amplamente utilizada em todo o mundo, mas ainda não foi autorizada pela agência reguladora norte-americana (FDA, na sigla em inglês).
"Dado o forte portfólio de vacinas que os Estados Unidos já possuem e que foram autorizadas pelo FDA, e dado que a vacina AstraZeneca não está autorizada para uso nos Estados Unidos, não precisamos usar a vacina AstraZeneca aqui durante os próximos meses", disse o coordenador da covid da Casa Branca, Jeff Zients. "Portanto, os Estados Unidos estão procurando opções para compartilhar as doses do AstraZeneca com outros países à medida que forem disponibilizadas", declarou Zients.
Enquanto nos EUA já é possível doar vacinas, na Índia, a situação se agrava a cada dia. O governo ordenou que Twitter, Facebook e Instagram bloqueiem cerca de 100 postagens que criticam sua forma de lidar com a explosão da Covid-19 no país. A medida gerou acusações de censura na democracia mais populosa do mundo.
As autoridades disseram que a determinação foi projetada para lidar com o que chamou de tentativas de espalhar desinformação relacionada ao coronavírus e criar pânico ao postar imagens de cadáveres fora do contexto. O Twitter, que recebeu muitos dos pedidos de remoção, bloqueou as postagens na Índia, embora elas permanecessem visíveis fora do país.
E a crise da Covid-19 na Índia segue preocupando o restante do mundo. O secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, se comprometeu a ajudar o país, ex-colônia britânica. Em entrevista à Sky News, ele afirmou que vai enviar ao compressores e ventiladores de oxigênio à nação asiática. "A pressão sobre os hospitais na Índia está ficando insuportável e vamos fazer nossa parte para garantir que nossos amigos na Índia recebam todo o apoio que puderem", declarou. "Se necessário, colocaremos aviões militares juntos ou fretaremos outros aviões. Faremos tudo o que pudermos para aliviar o sofrimento deles."
Para o chefe da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a situação na Índia é "além de partir o coração". De acordo com ele, a OMS está enviando ajuda extra e suprimentos para ajudar a combater o novo surto catastrófico do país.
As autoridades do norte da Itália anunciaram que identificaram dois casos da variante indiana do coronavírus em um pai e uma filha que voltaram recentemente do país. A notícia segue relatos de outro caso na região central da Toscana no mês passado. No domingo, 25, o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, anunciou uma nova proibição de entrada na Itália para as pessoas que tenham estado na Índia nos últimos 14 dias.

Europa começa a sair do confinamento e retoma atividades

A Europa tenta voltar à normalidade com a retomada das aulas na França, a suspensão parcial das restrições na Itália e o anúncio da volta de turistas americanos a partir de junho aos países da União Europeia (UE). O avanço da vacinação permite traçar novas estratégias para superar os estragos humanos e econômicos causados pela Covid-19.
Diante de uma opinião pública cada vez mais relutante com as medidas que restringem sua liberdade de movimentos e atividades, alguns governos optam por flexibilizar as regras com cautela, no momento em que a situação sanitária mostra alguma melhora. É o caso da Itália.
O país reabriu ontem as áreas externas de bares e restaurantes, assim como as salas de espetáculos, apesar do toque de recolher noturno a partir das 22h continuar em vigor. "Finalmente!", afirmou Daniele Vespa, garçom de 26 anos do restaurante Baccano, perto da turística Fontana di Trevi de Roma, quase vazia no último ano, resumindo o sentimento de um dos setores mais afetados. "É o começo do retorno à normalidade, tomara que também acabem com o toque de recolher", acrescentou com tom otimista. Cinemas, teatros e salas de concerto poderão receber público até 50% de sua capacidade.
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, reconheceu que está assumindo um "risco calculado", enquanto o país continua registrando a média de mais de 300 mortes diárias por Covid-19, embora os contágios e as hospitalizações tenham diminuído.
Além disso, o governo apresentou um colossal plano de ¤ 222,1 bilhões (R$ 1,46 trilhão) para estimular a economia, financiado em sua maior parte pela União Europeia (UE). A terceira maior economia da União Europeia perdeu quase 1 milhão de empregos e registrou uma queda de seu PIB de 8,9% em 2020.
Para obter o dinheiro inesperado, o governo teve que elaborar um plano de gastos detalhado e, entre as prioridades, estão a reforma de boa parte das infraestruturas, uma verdadeira modernização do país, que inclui a renovação e construção de novas ferrovias, estradas e portos. Outro ponto importante será a transição ecológica, projetos de energia com hidrogênio e fontes renováveis, assim como a digitalização do país.
Depois de meses de restrições, entre a segunda e terceira ondas da Covid-19, com uma média de 300 a 500 mortes por dia, a Itália espera que as reaberturas sejam irreversíveis e representem o início de uma vida normal.
Na França, onde o vírus continua circulando ativamente com um número de pessoas na UTI maior que o da segunda onda da pandemia, as crianças da educação infantil e ensino fundamental voltaram às aulas após três semanas de fechamento das escolas. Essa é a primeira fase da reabertura escolar e representa um retorno de cerca de 6,5 milhões de alunos.
Esta reabertura impulsionada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, desperta críticas por parte do corpo médico e alguns professores. Os alunos de ensino médio voltarão às aulas no dia 3 de maio, quando cerca de 5,7 milhões de estudantes retornarão às atividades presenciais. Segundo afirmou Macron, o retorno à escola ajudaria a combater a desigualdade social, permitindo que os pais que lutam para pagar por creches voltem a trabalhar, mas os sindicatos alertaram que novas infecções levariam a uma "enxurrada" de fechamento de salas de aula.