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Internacional

- Publicada em 22 de Abril de 2021 às 20:14

EUA, Noruega, Reino Unido e empresas lançam coalizão bilionária contra o desmatamento

Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, fez um discurso otimista

Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, fez um discurso otimista


JUSTIN TALLIS/Pool/AFP/JC
Uma coalizão internacional formada por EUA, Reino Unido, Noruega e empresas privadas para reduzir as emissões de gases-estufa derivadas de desmatamento em nações com florestas foi lançada durante a Cúpula de Líderes sobre o Clima, nesta quinta-feira (22).
Uma coalizão internacional formada por EUA, Reino Unido, Noruega e empresas privadas para reduzir as emissões de gases-estufa derivadas de desmatamento em nações com florestas foi lançada durante a Cúpula de Líderes sobre o Clima, nesta quinta-feira (22).
A iniciativa internacional, porém, não deve atender às expectativas brasileiras, ao menos de início. A Coalizão Leaf é baseada em mecanismos de REDD , sigla para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal, além da conservação de estoques de carbono florestal, manejo sustentável de florestas e aumento de estoques de carbono florestal.
Além do mais, o Brasil tem R$ 2,9 bilhões, doado por Noruega e Alemanha, no âmbito do programa Fundo Amazônia, há mais de dois anos parado em uma conta bancária do governo federal. O Ministério do Meio Ambiente culpa a Noruega pela paralisação. Em junho de 2019, o governo brasileiro editou um decreto que dissolveu o Comitê Orientador do Fundo Amazônia e o Comitê Técnico do Fundo Amazônia, que faziam o fundo acontecer. Os noruegueses não aceitaram o novo decreto e mandaram uma carta proibindo o fundo de aprovar novos projetos.
Assim, é preciso apresentar resultados antes de receber aportes, e o financiamento será direcionado de acordo com redução efetiva das emissões por desmatamento. A base de comparação será a média das emissões em intervalos de cinco anos e aspectos sociais, como consultas a povos indígenas, também serão levados em conta para países que se aplicarem para as verbas.
O financiamento só será disponibilizado aos países inscritos após uma análise independente apontando que os níveis de desmatamento - e, consequentemente, emissões - tem sido reduzido. Um detalhe importante é que se uma parte da jurisdição (tida no acordo como país, estado ou província) conseguiu reduzir o desmatamento e outra teve destruição significativa, essa jurisdição não é qualificável para o recebimento de fundos da iniciativa.
Até o momento, a iniciativa, cujo nome, "leaf" (folha, em inglês), significa "lowering emissions by accelerating forest finance", ou diminuição de emissões por meio da aceleração de financiamento florestal, já conta com cerca de US$ 1 bilhão.
Entre as privadas estão Amazon, Airbnb, Bayer, Boston Consulting Group, GSK, McKinsey, Nestlé, Salesforce e Unilever. Não foram informadas, porém, as quantias depositadas por cada um dos países.
Devido à preocupação que as empresas usem o mecanismo para atenuar eventuais históricos ou comportamentos poluentes, a iniciativa exige que as companhias sejam ambientalmente comprometidas, tendo reduzido suas próprias emissões. Assim, a doação a países com florestas será uma ação adicional. As primeiras propostas de projeto devem valer para o intervalo entre 2022 e 2026.
Ainda no evento, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, fez um discurso otimista. Ele destacou que o mundo pode ser melhor depois da pandemia, que os países mais desenvolvidos devem fazer mais pelo meio ambiente e clima na próxima década.
 
Antes da Cúpula, o governo britânico anunciou a meta para reduzir as emissões de gases estufa em 78% até 2035, em comparação com os níveis de 1990.
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