Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 22 de Abril de 2021 às 11:41

China diz que reduzirá uso de carvão e apostará em 'Cinturão e Rota Verde'

Xi sugeriu que o uso de carvão atingirá um pico na China em 2025 e cairá entre 2016 e 2030

Xi sugeriu que o uso de carvão atingirá um pico na China em 2025 e cairá entre 2016 e 2030


GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP/JC
Atualizada às 11h50min de 22 de abril de 2021
Atualizada às 11h50min de 22 de abril de 2021
Em discurso na Cúpula do Clima, o dirigente Xi Jinping reafirmou que a China começará a baixar suas emissões de gases poluentes antes de 2030, e que pretende atingir a neutralidade em carbono em 2060, promessas que já haviam sido feitas em dezembro.
No evento virtual organizado pelos Estados Unidos nesta quinta (22), Xi afirmou que seu país começará a reduzir o consumo de carvão no período de 2026 a 2030. A fala sugere que o uso desse combustível fóssil na China, de longe o mais alto do mundo, atingirá um pico em 2025 e começará a cair depois disso.
Mais cedo, o governo chinês havia dito que planeja diminuir já neste ano a participação deste combustível em sua matriz energética, para menos de 56%. No entanto, o país seguirá aprovando novos projetos que envolvem carvão.
Em sua fala, o líder chinês fez uma defesa do meio ambiente e a relacionou aos objetivos econômicos do país. "Montanhas verdes são montanhas de ouro. Proteger o ambiente é proteger a produtividade, e melhorar o ambiente significa acelerar a produtividade. A verdade é simples assim", afirmou.
Ele também disse que a China buscará estimular o desenvolvimento sustentável no exterior, e falou em "Green Belt and Road", em referência ao projeto Cinturão e Rota, que financia a construção de estradas, pontes, portos e outras estruturas em países do exterior.
Xi defendeu que a transição para uma economia mais limpa seja feita sem deixar de lado o desejo das pessoas de melhorarem de vida, e pediu que os países mais ricos ajudem os mais pobres nesta tarefa, pois ela será mais desafiadora para as nações em desenvolvimento.
"Temos que entregar igualdade e justiça social nesta transição ambiental. A China se comprometeu a passar do pico de carbono para a neutralidade de carbono em um período de tempo muito mais curto do que o necessário para muitos países desenvolvidos, e isso requer esforços extraordinariamente árduos da China", disse o dirigente.
O dirigente citou, ainda, o multilateralismo e o respeito às leis internacionais, o que pode ser interpretado como uma crítica à tentativa dos EUA de ser um líder global nas questões climáticas em vez de deixar este processo sob comando de entidades internacionais, como a ONU.
O discurso também destacou a Conferência da Biodiversidade, prevista para ser realizada na capital Pequim ainda em 2021.
Xi foi o primeiro líder estrangeiro a falar no evento, após a abertura feita pela vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, do presidente americano Joe Biden e de Antonio Guterres, secretário-geral da ONU.
Logo após Xi, o premiê indiano Narendra Modi fez seu discurso, no qual disse que a Índia pretende avançar no uso de energias limpas, e colocou como meta alcançar 450 GW de capacidade instalada de geração de energia renovável até 2030. Como comparação, a usina de Itaipu gera 14 GW anuais, que respondem por 10,8% da energia elétrica consumida no Brasil.
Modi ressaltou que a emissão de gases de efeito estufa na Índia são 60% inferiores à média global, e relacionou isso ao estilo de vida indiano.
A Cúpula do Clima reúne 40 líderes mundiais. Ela foi convocada por Joe Biden para estimular outros países a ampliarem suas metas de redução de poluentes, de modo a atingir os objetivos do Acordo de Paris, de 2015.
Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO