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Internacional

- Publicada em 21 de Abril de 2021 às 20:42

Polícia russa prende mais de mil pessoas em manifestação a favor de Navalny

Os mais de 500 mil manifestantes exigiam a liberdade de Navalny

Os mais de 500 mil manifestantes exigiam a liberdade de Navalny


Olga MALTSEVA/AFP/JC
A polícia prendeu na terça-feira (20) mais de mil manifestantes que saíram às ruas de várias cidades russas para pedir a libertação do líder da oposição, Alexei Navalny. Segundo a organização OVD-Info, especializada em monitorar protestos na Rússia, 351 prisões ocorreram apenas em São Petersburgo.
A polícia prendeu na terça-feira (20) mais de mil manifestantes que saíram às ruas de várias cidades russas para pedir a libertação do líder da oposição, Alexei Navalny. Segundo a organização OVD-Info, especializada em monitorar protestos na Rússia, 351 prisões ocorreram apenas em São Petersburgo.
Em Moscou, milhares se reuniram perto da Praça Vermelha para exigir a libertação de Navalny, que está em greve de fome desde o fim de março. "Navalny, liberdade!" e "Putin, renuncie!" eram algumas das palavras de ordem ouvidas ou lidas nas faixas carregadas pelos manifestantes. A polícia isolou o local, fazendo com que os opositores se concentrassem diante da Biblioteca Lenin, na rua Tverskaia.
Os protestos em todo o país ficaram abaixo dos 500 mil manifestantes que a equipe de Navalny esperava arrastar para as ruas, mas na capital a multidão foi grande o suficiente para chamar a atenção. Cerca de 10 mil pessoas protestaram em Moscou, mesmo com a ameaça do Ministério do Interior de punir com medidas firmes quem participasse de atos não autorizados.
"Isso é um absurdo total. Navalny está sendo morto na prisão. Tive de sair (à rua) para me sentir como uma pessoa", afirmou Yulia Navalnaya, mulher do dissidente, em frente à estátua do escritor Fiodor Dostoievski. Enquanto isso, sua amiga acrescentou: "Somos um povo pacífico. Não quebramos nem destruímos nada, não matamos nem roubamos ninguém. A polícia deve defender os trabalhadores, não o governo."
A poucos metros de onde os apoiadores de Navalny se reuniram, o presidente Vladimir Putin fazia um discurso no Parlamento sobre o estado da união - semelhante ao que ocorre nos EUA. Em sua fala, Putin fez várias ameaças ao Ocidente e prometeu dar uma resposta "assimétrica, rápida e dura" se for forçado a defender os interesses da Rússia.
"Os organizadores de qualquer provocação que ameace os interesses fundamentais de nossa segurança se arrependerão de seus atos mais do que se arrependeram de qualquer coisa em muito tempo", disse Putin para um auditório composto por governadores e membros do Parlamento. "Espero que ninguém tenha a ideia de cruzar a chamada linha vermelha com a Rússia - e seremos nós que decidiremos onde isso funciona em cada caso concreto."
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