Os peruanos foram às urnas no domingo (11) eleger o próximo presidente do país, congressistas e parlamentares andinos.
Em um pleito para presidente marcado por recorde de candidatos - 18 no total - não era esperado que algum vencesse em primeiro turno. Na véspera da eleição, nenhum tinha mais de 10% das intenções de voto nas pesquisas, e os sete primeiros estavam embolados com diferenças que variavam de centésimos a cinco pontos percentuais.
Nesta segunda-feira (12), às 18h, com mais de 85% das urnas apuradas no Peru, o Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE) indicava como primeiro colocado Pedro Castillo, do Peru Libre, com 18,5% dos votos, seguido por Keiko Fujimori - filha do ex-presidente Alberto Fujimori -, do Fuerza Popular, com 13,1%. Em terceiro lugar estava Hernando de Soto, da Avanza País, com 12,1% e, em quarto lugar, Rafael López Aliaga, da Renovación Popular, com 12%.
A disputa, portanto, permanece aberta em
quem vai enfrentar Castillo, professor de esquerda radical, no segundo turno, marcado para 6 de junho. A presença de Castillo entre os primeiros lugares é uma novidade das últimas semanas nas pesquisas do Peru, quando sua candidatura ganhou força com o desgaste da imagem dos primeiros colocados.
O presidente que emerge das urnas tomará posse no dia 28 de julho, dia em que o Peru comemora o bicentenário de sua independência, e terá o desafio de superar a emergência de saúde, com números recordes de infecções e mortes nos últimos dias, uma profunda recessão econômica e crise política em um país de 33 milhões de pessoas.