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Internacional

- Publicada em 08 de Abril de 2021 às 12:50

Quarto ministro da Saúde do Equador na pandemia cai após 19 dias no cargo

Doutor Mauro Falconí foi mais um a deixar o cargo

Doutor Mauro Falconí foi mais um a deixar o cargo


Mauro Falconí/Reprodução/JC
Dezenove dias depois de tomar posse, Mauro Falconí, quarto ministro da Saúde do Equador durante a pandemia de coronavírus, deixou o cargo. O agora ex-titular da pasta foi afastado devido a protestos contra a desorganização na campanha de vacinação do país. No início da semana, por exemplo, idosos enfrentaram filas por horas para conseguirem ser imunizados.
Dezenove dias depois de tomar posse, Mauro Falconí, quarto ministro da Saúde do Equador durante a pandemia de coronavírus, deixou o cargo. O agora ex-titular da pasta foi afastado devido a protestos contra a desorganização na campanha de vacinação do país. No início da semana, por exemplo, idosos enfrentaram filas por horas para conseguirem ser imunizados.
A crise no gabinete de Lenín Moreno ocorre num momento de agravamento da Covid-19 no Equador e a três dias do segundo turno das eleições presidenciais, disputadas entre o banqueiro de centro-direita Guillermo Lasso e o esquerdista Andrés Arauz, apadrinhado pelo ex-líder Rafael Correa (2007-2017).
"Nossos idosos merecem o máximo respeito. Solicitei a renúncia do senhor ministro de Saúde, que será substituído por Camilo Salinas", anunciou Moreno, por meio de suas redes sociais. Falconí já era pressionado devido à falta de organização na base de dados para a campanha de vacinação. Seu antecessor, Rodolfo Farfán, caiu após um escândalo no qual doses do imunizante contra o coronavírus foram administradas a políticos ligados a governos regionais.
Até agora, o país, que no começo da pandemia foi um dos mais atingidos pela crise sanitária na América Latina, aplicou 2 doses de vacinas a cada 100 pessoas, de acordo com dados compilados pelo New York Times. O Brasil, onde a campanha de vacinação é considerada lenta, administrou 12 doses/100 pessoas.
Em relação ao percentual da população imunizada, apenas 1,3% recebeu uma dose no Equador. Esse índice cai para 0,6% quando considerada a aplicação das duas doses. A vacinação no país começou em janeiro, com um lote de pouco mais de 200 mil doses da Pfizer. Na última semana, o Equador recebeu 300 mil dos 1 milhão de doses encomendados ao laboratório chinês Sinovac.
Além de ter sido demitido, Falconí está em isolamento, por ter se infectado na semana seguinte à posse.
O aumento dos casos nas últimas semanas levaram o governo equatoriano a decretar estado de exceção, com toque de recolher das 20h às 6h em oito províncias, entre as quais as mais populosas, onde estão as principais cidades do país, como Quito e Guayaquil. Também há um rodízio de carros durante a semana e o fechamento de parte do comércio e dos parques.
Segundo as autoridades, foram detectadas a presença no Equador das variantes do coronavírus de Manaus e a britânica. Alguns hospitais da capital equatoriana, como o Quito Sur, um dos mais importantes do país, já reportaram superlotação dos leitos de UTI. "Estamos com ocupação de 145%", disse Francisco Mora, coordenador de vigilância epidemiológica do centro de saúde.
Para ele, o país "está num ponto muito crítico". "Estamos entrando num pico, e nosso sistema de saúde já dá várias mostras de estar saturado." Ele conta que há pacientes esperando por atendimento nos corredores e em camas improvisadas em salas antes dedicadas a exames ou a outros procedimentos.
Neste momento, em vez de Guayaquil, Quito parece ser o epicentro da nova alta de casos no país. Devido ao agravamento da situação sanitária, os eventos de encerramento da campanha eleitoral, que seriam realizados presencialmente nesta quinta e na sexta-feira, estão sendo realizados de modo virtual.
Folhapress
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