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Internacional

- Publicada em 25 de Fevereiro de 2021 às 16:04

Sanções da UE à Venezuela levam país a expulsar embaixadora do bloco

Arreaza comunicou a Isabel que ela tem até sábado para deixar o país

Arreaza comunicou a Isabel que ela tem até sábado para deixar o país


YURI CORTEZ/AFP/JC
O governo da Venezuela declarou "persona non grata" e expulsou a embaixadora da União Europeia (UE) em Caracas, lhe dando 72 horas para que deixe o país após novas sanções do bloco contra funcionários venezuelanos. O anúncio da retaliação foi feito pelo chanceler Jorge Arreaza na noite de quarta-feira (24). "Estamos fazendo isso porque as circunstâncias exigem", disse o chanceler.
O governo da Venezuela declarou "persona non grata" e expulsou a embaixadora da União Europeia (UE) em Caracas, lhe dando 72 horas para que deixe o país após novas sanções do bloco contra funcionários venezuelanos. O anúncio da retaliação foi feito pelo chanceler Jorge Arreaza na noite de quarta-feira (24). "Estamos fazendo isso porque as circunstâncias exigem", disse o chanceler.
"Por decisão do presidente Nicolás Maduro, entregamos nas mãos da senhora Isabel Brilhante a declaração de persona non grata", disse o ministro de Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, à imprensa após uma reunião com a diplomata em Caracas. "Foi dado um prazo de 72 horas para abandonar o território venezuelano."
A expulsão da diplomata portuguesa Isabel Brilhante é uma retaliação às novas sanções do bloco contra 19 funcionários venezuelanos, que incluíram o congelamento de bens na UE e a proibição de entrada nos países-membros. Foi assim que Bruxelas respondeu às eleições parlamentares de 6 de dezembro, marcadas pela ausência de candidatos de boa parte dos partidos da oposição e elevada abstenção. As eleições não foram reconhecidas por UE, Estados Unidos e por grande parte dos países da América Latina.
A decisão europeia atingiu deputados, como José Brito e Bernabé Gutiérrez e integrantes do Conselho Nacional Eleitoral, incluindo sua presidente, Indira Alfonzo. Também foram sancionados o comandante do órgão máximo da Força Armada Bolivariana, Remigio Ceballos; e o governador do estado de Zulia, Omar José Prieto, além de chefes de polícia e militares.
É a segunda vez, desde junho de 2020, que a Venezuela expulsa o representante da UE do país por causa de sanções aplicadas pelos europeus. Em meados do ano passado, porém, Caracas anulou a decisão em uma tentativa de melhorar as relações diplomáticas com o bloco, mediadas pelo opositor Henrique Capriles, que na época cogitava participar das eleições de dezembro.
Após o anúncio da expulsão, a UE disse, em nota, que a decisão de Caracas "isolará ainda mais o país", e pediu que o governo reconsidere a medida. "A Venezuela só superará sua crise atual através da negociação e do diálogo, com o que a UE está plenamente comprometida, mas que essa decisão prejudica diretamente", disse Nabila Massrali, porta-voz do chefe de política exterior do bloco, Josep Borrell.
Em uma declaração divulgada na televisão estatal, o chanceler venezuelano explicou a decisão. "Temos feito todos os esforços (...) para estabilizar a convivência democrática no país e mais uma vez recebemos sanções, entre aspas, contra magistrados, contra o Judiciário, contra o poder eleitoral. É realmente inaceitável", disse Arreaza. "O presidente Maduro foi generoso quando permitiu que os chefes da missão permanecessem na Venezuela", finalizou.
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