Os parlamentares estaduais da Virgínia aprovaram na segunda-feira (22), em definitivo, projeto de lei que acaba com a pena de morte no estado que mais executou condenados na história norte-americana. O projeto agora segue para avaliação do governador democrata Ralph Northam, que já disse que a sancionará, tornando a Virgínia o 23º estado a impedir as execuções. A Assembleia Legislativa do estado tem maioria democrata.
"Há uma percepção de que é hora de acabar com essa prática desatualizada que tende a causar mais danos aos familiares das vítimas do que nos fornecer qualquer conforto ou consolo", disse Rachel Sutphin, cujo pai, Eric Sutphin, foi morto a tiros em 2006 enquanto trabalhava para o xerife do Condado de Montgomery.
A Virgínia já executou quase 1,4 mil pessoas desde seus dias como colônia, de acordo com o Centro de Informações sobre Pena de Morte. Desde que a Suprema Corte restabeleceu a pena de morte, em 1976, o Estado fez 113 execuções, ficando atrás apenas do Texas.
Apenas duas pessoas permanecem no corredor da morte na Virgínia. Anthony Juniper foi condenado à morte em 2004 pelo assassinato de sua ex-namorada, dois de seus filhos e seu irmão. Thomas Porter foi condenado à morte pelo assassinato de um policial de Norfolk em 2005. A revogação da pena capital no estado converteria suas sentenças em prisão perpétua sem liberdade condicional.