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Internacional

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2021 às 08:42

Nos 10 anos da guerra na Síria, missão da ONU entregará novo relatório de crimes de guerra ao Conselho de Direitos Humanos

Das 22 milhões de pessoas que habitavam a Síria antes da guerra, mais de 11,5 milhões encontram-se deslocadas

Das 22 milhões de pessoas que habitavam a Síria antes da guerra, mais de 11,5 milhões encontram-se deslocadas


RAMI AL SAYED/AFP/JC
No dia 11 de março - pouco antes da data que marca os dez anos do conflito sírio -, a Missão de Investigação das Nações Unidas (ONU) para a Síria vai apresentar formalmente ao Conselho de Direitos Humanos da ONU o relatório "sobre dez anos de crimes de guerra" no país. O relatório é o 33º documento da missão de investigação.
No dia 11 de março - pouco antes da data que marca os dez anos do conflito sírio -, a Missão de Investigação das Nações Unidas (ONU) para a Síria vai apresentar formalmente ao Conselho de Direitos Humanos da ONU o relatório "sobre dez anos de crimes de guerra" no país. O relatório é o 33º documento da missão de investigação.
O documento diz que a guerra obrigou metade da população do país a abandonar o local de residência e condena a extrema pobreza que atinge seis em cada dez cidadãos do país. "As crianças, mulheres e homens da Sírias pagaram o preço imposto por um regime autoritário que atuou violentamente para neutralizar a dissidência, enquanto o oportunismo de alguns atores estrangeiros, por meio do financiamento, de armas e outras ‘influências’ avivou um fogo que o mundo se limitou a ver", afirmou o presidente da missão, o brasileiro Paulo Pinheiro.
O documento, de 31 páginas, mostra que desde março de 2011 a população civil sofreu abusos que em alguns casos constituem "crimes de guerra, contra a humanidade e outros delitos internacionais, incluindo o genocídio".
O relatório destaca que o regime de Bashar al Assad tirou partido da suposta luta contra o terrorismo para bombardear indiscriminadamente alvos civis, incluindo hospitais, instalações médicas, escolas e tendas de refugiados. Os ataques contra jornalistas "são um dos objetivos prioritários do regime de Al Assad".
Segundo as Nações Unidas, os ataques contra civis também foram praticados por outras intervenções no conflito, como o grupo radical Estado Islâmico, as milícias curdas, a aliança islâmica Hayat Tharir al Sham (a antiga Frente al Nusra) ou a coligação apoiada pelos Estados Unidos.
Outros crimes que se encontram documentados pela ONU incluem saques, ataques contra o patrimônio cultural (especialmente por parte do Estado Islâmico, "mas não exclusivamente"), cercos a cidades ou bloqueios à ajuda humanitária.
Das 22 milhões de pessoas que habitavam a Síria antes da guerra, mais de 11,5 milhões encontram-se deslocadas e 5 milhões acabaram se refugiando em outros países, principalmente na Turquia, na Jordânia, no Líbano e no Egito.
O relatório termina com um novo pedido de cessar-fogo permanente, sob a supervisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, assim como defende processos judiciais sobre crimes cometidos no país em guerra.
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