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Internacional

- Publicada em 03 de Fevereiro de 2021 às 19:11

Biden pede revisão de políticas de imigração e tenta reunir famílias separadas no governo Trump

Ordens executivas assinadas por Biden vão tentar reunificar crianças que continuam separadas das suas famílias

Ordens executivas assinadas por Biden vão tentar reunificar crianças que continuam separadas das suas famílias


Doug Mills-Pool/Getty Images/AFP/JC
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou três ordens executivas com o objetivo de reunir famílias separadas durante a administração Trump e fazer uma revisão profunda das políticas de imigração do antecessor.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou três ordens executivas com o objetivo de reunir famílias separadas durante a administração Trump e fazer uma revisão profunda das políticas de imigração do antecessor.
Ao tentar impedir a imigração ilegal, o ex-presidente Donald Trump determinou a separação de adultos sem documentos de crianças, na fronteira entre os Estados Unidos e o México. Entre 2017 e 2018, pelo menos 5.500 crianças foram separadas dos adultos com que viajavam, numa política de "tolerância zero”.
Ainda que a política de separação tenha sido anulada em junho de 2018, após a divulgação de imagens de crianças colocadas em gaiolas depois de terem sido separadas à força dos seus pais, há mais de 600 crianças que continuam em território norte-americano, em centros de menores ou em famílias de acolhimento, uma vez que as famílias ou os pais não foram localizados. Até agora, muitos dos adultos acusados de entrarem ilegalmente do país foram julgados pela via penal e outros foram repatriados, sem que as respectivas famílias fossem reunificadas.
As ordens executivas de Biden vão tentar reunificar essas crianças que continuam separadas das suas famílias. Também a administração democrata do ex-presidente Barack Obama - em que Biden atuou como vice-presidente - foi responsável pela separação de adultos e crianças ao longo da fronteira, ainda que mais raramente e em menor quantidade.
O documento assinado tem como objetivo criar uma força tarefa que vai supervisionar a reunificação de famílias, sob a liderança do recém-confirmado secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas. O cubano é o primeiro latino-americano e imigrante a ocupar o cargo.
Biden quer que a Interagency Task Force on the Reunification of Families limpe a mancha na reputação do país pelo que essas separações causaram. "Vamos trabalhar para desfazer a vergonha moral e nacional da administração anterior que, literalmente, arrancou as crianças dos braços das suas famílias, dos pais e das mães na fronteira, sem qualquer plano de os reunificar", afirmou o presidente ao assinar a ordem executiva específica sobre a equipe que vai trabalhar para reunir as famílias.

Governo quer facilitar a regularização de 11 milhões de imigrantes

As outras duas ordens executivas determinam a revisão profunda das políticas de imigração adotadas por Trump, que reduziram a concessão de asilo, desaceleraram a imigração legal para o país e cancelaram o financiamento para outros países, de onde chega grande parte desses migrantes.
Biden pretende, com as novas políticas, facilitar a regularização da situação de cerca de 11 milhões de imigrantes sem documentos que vivem no país. A nova administração manifesta preocupação ainda com a situação dos dreamers (sonhadores), imigrantes que foram levados para os Estados Unidos pelos pais quando eram menores de idade.
O presidente quer também a "revisão de cima para baixo dos recentes regulamentos, políticas ou diretrizes que ergueram barreiras ao sistema de imigração legal" dos EUA. Uma das medidas a ser revista com urgência é a da "regra da cobrança pública", implementada em agosto de 2019, que prevê a rejeição de um visto de residência permanente ou de cidadania a quem recebe algum tipo de assistência social, o que é na prática um 'teste de riqueza' para os imigrantes.
O novo presidente norte-americano, na Casa Branca há precisamente duas semanas, pretende trabalhar com alguns dos países vizinhos da América Central para ajudar a resolver os problemas socioeconômicos locais que levam muitas famílias a procurar imigrar. O apoio a esses países foi suspenso durante o mandato de Trump.
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