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Internacional

- Publicada em 13 de Janeiro de 2021 às 18:36

Câmara dos EUA aprova impeachment de Trump

Presidente foi acusado de incitação à insurreição após invasão do Congresso no dia 6

Presidente foi acusado de incitação à insurreição após invasão do Congresso no dia 6


ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP/JC
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na tarde desta quarta-feira (13) o pedido de impeachment do presidente Donald Trump. O placar final da votação ficou em 232 votos a favor do impeachment, contra 197 votos contra. Cinco deputados não votaram.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na tarde desta quarta-feira (13) o pedido de impeachment do presidente Donald Trump. O placar final da votação ficou em 232 votos a favor do impeachment, contra 197 votos contra. Cinco deputados não votaram.
Dez deputados republicanos se juntaram à oposição democrata e votaram pelo impeachment do presidente. Com isso, Trump será julgado pelo Senado. A data para isso ocorrer, porém, não está definida, na medida em que os senadores estão em recesso. Quando o recesso acabar, os dois senadores eleitos pela Geórgia, ambos democratas, irão tomar posse e dar a maioria na casa para o Partido Democrata.
Pela primeira vez na história, um presidente norte-americano sofreu dois processos de impeachment. O primeiro foi aprovado pela Câmara, mas rejeitado pelo Senado em janeiro do ano passado.
Nos Estados Unidos, com a aprovação na Câmara, o presidente é considerado impichado. No entanto, Trump segue no cargo. Ao Senado cabe a condenação ou a absolvição. Para ser aprovado, o processo precisará contar com o apoio de dois terços dos senadores (67 de 100 parlamentares).
Logo na abertura da sessão, a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi afirmou que Trump está desesperado por ver "o poder escorregando pelas mãos" e, por isso, incentivou os atos de violência. "O presidente precisa sair, ele é um claro e presente perigo ao nosso país", ressaltou.
Iniciado pela bancada democrata, o pedido de afastamento do presidente tem como base o discurso de incitação à insurreição e à violência que motivou a invasão do Congresso na semana passada por uma multidão de apoiadores de Trump.
Cinco pessoas morreram durante o episódio, mas o presidente não demonstrou qualquer arrependimento por ter insuflado seus seguidores a "lutarem para valer" horas antes da cerimônia de certificação da vitória do democrata Joe Biden. Pelo contrário, Trump afirma que seu discurso foi "totalmente apropriado".
Segundo o pedido de impeachment, o presidente "fez, deliberadamente, declarações que encorajaram ações ilegais" e "continuará sendo uma ameaça à segurança nacional, à democracia e à Constituição se for autorizado a permanecer no cargo".
O mandato de Trump termina no dia 20 de janeiro. Assim, o processo deve continuar, com o objetivo de retirar direitos políticos e impedir que ele volte a disputar a presidência no futuro. Nos EUA, o impeachment prevê duas penas: a perda de mandato e a proibição de que o réu volte a ocupar cargos federais, este último a depender de uma votação por maioria simples dos senadores, após a condenação.
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