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Internacional

- Publicada em 27 de Dezembro de 2020 às 14:19

Em véspera de eleição, militares enviados pela ONU são assassinados na República Centro-Africana

Uma coalizão de milícias tenta derrubar o governo da República Centro-Africana antes das eleições deste domingo (27). Em meio a esse cenário, a ONU anunciou neste sábado (26) que três militares de sua força de paz enviada ao país foram assassinados por combatentes não identificados. As vítimas eram do Burundi.
Uma coalizão de milícias tenta derrubar o governo da República Centro-Africana antes das eleições deste domingo (27). Em meio a esse cenário, a ONU anunciou neste sábado (26) que três militares de sua força de paz enviada ao país foram assassinados por combatentes não identificados. As vítimas eram do Burundi.
Com isso, o país africano vive um cenário próximo ao de uma guerra civil. As milícias passaram a fazer ataques depois que a Justiça barrou a candidatura do ex-presidente François Bozize, que disputaria com o atual presidente, Faustin-Archange Touadera, o qual busca a reeleição.
Touadera recebeu apoio militar de França, Ruanda e Rússia, que enviaram tropas e equipamentos.
Com 5 milhões de habitantes, a República Centro-Africana é um país rico em diamantes, madeira e ouro. Desde sua independência da França, em 1960, houve cinco golpes de estado e várias rebeliões contra o governo.
A insegurança aumentou depois que o então presidente Bozize foi derrubado por uma rebelião, em 2013. Ele tentou se candidatar para as eleições deste ano, mas foi barrado pela Justiça, por não ter uma boa reputação. O ex-presidente foi alvo de mandados de prisão e de sanções da ONU, pelas acusações de ordenar assassinatos, torturas e outros crimes enquanto ele estava no poder.
A ONU também acusa Bozize de colaborar com um grupo de milícias que querem impedir a realização das eleições. Ele se diz inocente.
O presidente Touadera diz que Bozize tenta dar um golpe de Estado. Depois que a Justiça rejeitou a candidatura do ex-mandatário, milícias armadas passaram a fazer ataques, na semana passada. Os combatentes conseguiram o obter o controle da quarta maior cidade do país, mas recuaram e adotaram um cessar-fogo unilateral, de três dias. Eles pediram o adiamento das eleições, o que foi negado.
Na sexta (25), os rebeldes suspenderam o cessar-fogo e voltaram a fazer ataques. No mesmo dia, houve relatos de militares que desertaram do Exército para se juntarem aos rebeldes.
Os combates recomeçaram em Bakuma, a 250 km da capital Bangui, segundo Vladimir Monteiro, porta-voz da Minusca (Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana). Com isso, há dúvidas sobre a viabilidade de realizar a votação e sobre o que poderá acontecer após a divulgação dos resultados.
Folhapress
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