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Internacional

- Publicada em 13 de Dezembro de 2020 às 09:45

Países ricos garantem o suficiente para 3 imunizações até fim de 2021

Países que representam 14% da população mundial compraram o equivalente a 53% das vacinas mais promissoras

Países que representam 14% da população mundial compraram o equivalente a 53% das vacinas mais promissoras


JUSTIN TALLIS/various sources/AFP/JC
A Aliança da Vacina do Povo, coalizão de seis organizações internacionais, como a Oxfam e a UNAids, calcula que os países ricos compraram doses suficientes para imunizar toda sua população três vezes até dezembro de 2021, se todos os estudos clínicos em realização forem bem sucedidos. Países que representam 14% da população mundial compraram o equivalente a 53% das vacinas mais promissoras, ainda segundo o grupo.
A Aliança da Vacina do Povo, coalizão de seis organizações internacionais, como a Oxfam e a UNAids, calcula que os países ricos compraram doses suficientes para imunizar toda sua população três vezes até dezembro de 2021, se todos os estudos clínicos em realização forem bem sucedidos. Países que representam 14% da população mundial compraram o equivalente a 53% das vacinas mais promissoras, ainda segundo o grupo.
Só o Canadá se comprometeu com a compra de doses suficientes para vacinar cinco vezes sua população. Enquanto isso, 9 em cada 10 pessoas em 67 países pobres não serão vacinadas até o fim de 2021. "Não é uma surpresa que as nações ricas busquem vacinar suas populações primeiro", afirma Ian Bremmer, fundador da consultoria Eurasia Group.
A esperança para os demais, segundo ele, está no Covax Facility, o consórcio internacional que busca acelerar o desenvolvimento de vacinas contra covid-19 e viabilizar uma distribuição equitativa. "Imagino que Joe Biden colocará os EUA nas iniciativas da Covax, o que será positivo, mas ainda assim os países em desenvolvimento vão demorar mais para fazer a vacinação", afirma.
O presidente Donald Trump não quis se unir à aliança internacional Covax, criticou a OMS e retirou os EUA do órgão. Nesta semana, assinou uma ordem executiva para priorizar a vacinação de americanos antes da exportação de vacinas - apesar de autoridades não conseguirem explicar qual será o efeito prático disso.
Já o presidente eleito, Joe Biden, prometeu recolocar os EUA nos fóruns multilaterais e discutir uma resposta global à pandemia, mas o tamanho da crise doméstica e os desafios de logística e distribuição da vacina devem dominar sua agenda após a posse, em 20 de janeiro.
Dois meses depois da declaração do surto de coronavírus como pandemia mundial pela OMS, o governo Trump criou um grupo de trabalho que reúne integrantes de nove agências e departamentos em parceria com o setor privado para acelerar a compra, desenvolvimento e planejamento de aplicação das vacinas.
Os EUA vivem uma nova onda de contágio de covid-19, que tem obrigado governadores e prefeitos a impor novas medidas restritivas ao comércio e à população. Na sexta-feira, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou que os salões internos de restaurantes da cidade de Nova York precisarão ser fechados novamente. Cuomo reconheceu que a decisão trará mais dificuldades ao ramo e pediu aos congressistas federais que consigam um pacote de ajuda aos empresários.
O estado foi o epicentro da primeira onda de contaminação nos EUA em abril. No total, mais de 294 mil pessoas morreram no país desde o início da pandemia em razão do coronavírus. O mundo contabiliza mais de 1,5 milhão de mortes por covid-19, em meio a nova onda de contágio. 
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