Segundo a imprensa britânica, dois funcionários do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, o NHS, tiveram os sintomas após receberem o imunizante na terça-feira (8), primeiro dia da vacinação dos grupos prioritários. O jornal britânico The Guardian relatou que os dois funcionários carregavam dispositivos de adrenalina autoinjetável - usados para conter crises alérgicas -, o que sugere que eles possuem histórico de reações do tipo.
Em seguida, a MHRA emitiu um alerta temporário ao NHS pedindo que pessoas com histórico de reações alérgicas graves a vacinas, medicamentos ou alimentos não recebam a substância enquanto conduz uma investigação sobre esses casos para entender os motivos das manifestações.
Na página da MHRA, a agência confirma que a vacina da Pfizer/BioNTech não possui substâncias de origem animal como ovo em sua formulação.
A Pfizer afirma que a vacina foi bem tolerada na fase 3 de estudos em humanos (clínicos). "Nenhuma preocupação de segurança séria foi registrada pelo comitê independente que monitorou os dados", disse em comunicado. A empresa acrescenta que 44 mil pessoas participaram do teste com a vacina.
Se a vacina se confirmar como a causa da reação alérgica, o acontecimento pode ter reflexos no Brasil. Na terça, o Ministério da Saúde anunciou a assinatura de um termo de intenção de compra de 70 milhões de doses do produto. Essa é a segunda vacina adquirida pela pasta. O primeiro imunizante comprado foi a substância desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca (100 milhões de doses).