A campanha à reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, argumentou, nesta quinta-feira (19), que os resultados das eleições na região de Detroit, no Michigan, ainda não haviam sido oficializados, contrariando autoridades locais.
Advogados da campanha apresentaram, nesta quinta-feira, declarações juramentadas de dois membros republicanos do Conselho eleitoral do Condado de Wayne. Eles inicialmente se recusaram a certificar os resultados, apesar de não haver evidências de fraude, depois retrocederam e votaram por certificar. Na quarta-feira (18), mudaram o posicionamento novamente dizendo que "continuam contra a certificação."
Alguns republicanos pediram aos cabos eleitorais estaduais do partido que façam o mesmo. No Arizona, as autoridades estão se recusando a aprovar as contagens de votos em um condado rural.
"Esta manhã, estamos retirando nosso processo em Michigan como resultado direto da obtenção do que buscávamos: impedir que a eleição em Wayne fosse certificada prematuramente antes que os residentes pudessem ter certeza de que todos os votos legais foram contados e todos os votos ilegais não foram contados", disse Rudy Giuliani, advogado pessoal do presidente Trump, em um comunicado da campanha.
A tentativa de reversão veio dois dias depois de uma audiência contenciosa na qual o conselho bipartidário de quatro membros primeiro chegou a um impasse, e horas depois votou por unanimidade pela aprovação dos votos para o condado. A audiência, transmitida publicamente online, atraiu reclamações públicas, algumas das quais acusaram os membros do Partido Republicano de racismo. Isso porque os republicanos queriam se recusar a rejeitar apenas os votos de Detroit, em que 80% da população é negra.