Em missão diplomática no Oriente Médio, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, esteve nesta quinta-feira (19), em um acampamento israelense na Cisjordânia, tornando-se o primeiro homem no cargo a visitar uma ocupação contestada por Israel na região.
Antes da visita ao acampamento, Pompeo cumpriu agenda em território israelense. Acompanhado por um forte esquema de segurança, o secretário de Estado visitou o vinhedo de Psagot, situado na área industrial israelense de Shaar Binyamin, entre Jerusalém e a cidade palestina de Ramallah. O chanceler também concedeu uma entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Nenhum dos dois falou sobre a vitória de Joe Biden na eleição dos EUA.
"Por muito tempo, o Departamento de Estado teve uma visão errada dos assentamentos", disse Pompeo. E completou: "mas agora reconhece que os assentamentos podem ser feitos de uma forma que seja legal, apropriada e adequada". Netanyahu agradeceu ao governo norte-americano por mover sua embaixada para Jerusalém e o reconhecimento da anexação das Colinas de Golã por Israel.
Plano de paz frustrado
Apesar de prever a criação de um Estado Palestino - o que foi aceito por Netanyahu e Benny Gantz, então rivais eleitorais - o
acordo foi considerado pró-Israel, uma vez que o domínio tanto da Cisjordânia quanto da parte oriental de Jerusalém são um tópico irredutível na demanda palestina.