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Internacional

- Publicada em 03 de Novembro de 2020 às 21:15

Eleições EUA: Sem órgão nacional, pleito tem vencedor decretado pela imprensa

Em tese, qualquer veículo de mídia pode fazer a contagem, mas algumas publicações são consideradas mais confiáveis

Em tese, qualquer veículo de mídia pode fazer a contagem, mas algumas publicações são consideradas mais confiáveis


Philip FONG/AFP/JC
Foco de ataques do candidato republicano Donald Trump, a contagem de votos nos Estados Unidos é feita por cada estado de forma independente, e não há um órgão nacional que centralize a função.
Foco de ataques do candidato republicano Donald Trump, a contagem de votos nos Estados Unidos é feita por cada estado de forma independente, e não há um órgão nacional que centralize a função.
A verdadeira eleição se dá no Colégio Eleitoral, que se reúne em 14 de dezembro e no qual os representantes de cada estado (o tamanho da delegação estadual varia de acordo com o tamanho da população) votam, normalmente em bloco, em quem os eleitores locais escolheram. Com base nesse fato, de as delegações no Colégio Eleitoral tenderem a indicar o vencedor do voto popular, declara-se antes, de forma extraoficial, o vencedor.
A partir desta terça (3), conforme as apurações estaduais avançam, a imprensa começa a divulgar as parciais oficiais e fazer as contas de como o resultado em cada estado pesará no Colégio Eleitoral. Aqueles acompanhados com mais atenção são os que não têm preferência partidária constante, pois são os elementos de surpresa no dia da eleição.
A partir desses números e de projeções, os veículos divulgam o vencedor de determinado estado quando entendem que a vantagem sobre o rival é definitiva. Em tese, qualquer veículo de mídia pode fazer esse tipo de contagem, mas algumas publicações são consideradas mais confiáveis.
O Twitter, por exemplo, anunciou que usará como referência as projeções feitas pelos canais de TV ABC News, CNN, CBS News, Fox News e NBC News, pela agência de notícias Associated Press e pelo site especializado Decision Desk HQ. Publicações tradicionais, como os jornais The New York Times e The Washington Post, também o fazem.
Alguns poucos estados dividem os votos de sua delegação na exata proporção da votação popular: por exemplo, se o candidato A tiver 45% da votação popular e o candidato B, 55%, é assim que a delegação do estado votará no Colégio Eleitoral. Mas, na maioria deles o vencedor fica com todos os votos da delegação, mesmo que a diferença entre os candidatos na votação popular seja de um único eleitor.
Com essas projeções, a imprensa contabiliza os votos no Colégio Eleitoral, estado por estado, até algum dos dois concorrentes atingir os 270 pontos necessários para ser presidente. O processo pode demorar porque há estados que aceitam votos por correio que cheguem até muitos dias depois desta terça, data que marca o fechamento das urnas presenciais e o dia oficial das eleições.
Neste ano, já foi registrado número recorde de votos antecipados e é esperada uma participação recorde no pleito. A pandemia do novo coronavírus também estimulou muitos eleitores a votarem pelo correio, evitando aglomerações. Isso pode postergar ainda mais o resultado final.
Alguns estados prometem divulgar seu vencedor ainda na noite do dia da eleição, como o Novo México, ou na quarta-feira (4), caso do Tennessee. Mas outros devem demorar um pouco mais. Pensilvânia e Michigan, por exemplo, já avisaram que não devem ter um resultado definitivo antes de sexta-feira (6), enquanto a Califórnia vai aceitar votos por correio até 20 novembro.
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