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Internacional

- Publicada em 25 de Outubro de 2020 às 11:18

Chilenos vão às urnas para decidir sobre mudança na Constituição chilena

Plebiscito é uma resposta do governo à onda de protestos no país que se iniciou em outubro passado

Plebiscito é uma resposta do governo à onda de protestos no país que se iniciou em outubro passado


MARTIN BERNETTI/AFP/JC
O Chile realiza neste domingo  (25) um plebiscito para decidir sobre a elaboração de uma nova Constituição - uma resposta do governo à onda de protestos no país que se iniciou em outubro passado. O presidente chileno, Sebastián Piñera, disse a jornalistas, logo após votar no centro de Santiago, que "espera que este seja o dia da democracia e da expressão pacífica da vontade dos chilenos e da rejeição a métodos violentos de grupos como os que incendeiam igrejas e provocam distúrbios".
O Chile realiza neste domingo  (25) um plebiscito para decidir sobre a elaboração de uma nova Constituição - uma resposta do governo à onda de protestos no país que se iniciou em outubro passado. O presidente chileno, Sebastián Piñera, disse a jornalistas, logo após votar no centro de Santiago, que "espera que este seja o dia da democracia e da expressão pacífica da vontade dos chilenos e da rejeição a métodos violentos de grupos como os que incendeiam igrejas e provocam distúrbios".
O mandatário fez questão de realizar os procedimentos de votação lentamente, para mostrar cada passo do protocolo estabelecido pelas autoridades sanitárias do país, que se encontra ainda em meio a uma fase crítica da pandemia do coronavírus.
Piñera, assim como os outros eleitores, entrou sozinho na sala de votação, teve de levar sua própria caneta azul, mostrar seu documento, higienizar as mãos com álcool em gel e, então, recebeu as duas cédulas.
Em uma delas, o eleitor escolhe se aprova ou rejeita a elaboração de uma nova Constituição. Na outra cédula, diz se prefere que a nova Carta, caso aprovada, seja realizada por uma Assembleia Constituinte totalmente eleita numa votação em abril próximo, ou se será mista.
Nesta segunda opção, metade dela seria formada por parlamentares que já exercem seu mandato e seriam escolhidos pelos partidos, sem nova votação. A outra metade, por constituintes eleitos em abril.
Em ambos os casos, na nova eleição -seja para escolher a metade ou para a totalidade dos constituintes, 50% dos novos escolhidos devem ser mulheres.
Piñera, assim como os demais eleitores, teve de fechar suas cédulas com um adesivo, e não mais com a língua, como se fazia até hoje, para ajudar a evitar contágios. Depois, depositou seus dois votos em duas urnas de plástico diante dos mesários. Foram eliminadas as cortinas de pano que existiam nas eleições anteriores, também para ajudar a arejar o ambiente.
O único procedimento que Piñera não realizou foi baixar por três segundos a máscara, a uma distância de dois metros. Essa medida é exigida a todos os eleitores, para que possam ser identificados pelos mesários. No caso de Piñera, isso não foi necessário. Afinal, todos sabiam que se tratava do presidente.
"Não há uma preferência única no gabinete do governo por uma das opções. Temos visões distintas, mas o mais importante é que respeitaremos o resultado das urnas e esperamos que todos façam o mesmo. Vamos resolver os problemas do Chile pelas urnas, que é o modo adequado e institucional", afirmou.
"Não devemos perder de vista quais são as prioridades agora, recuperar os trabalhos e vencer o vírus", afirmou. Depois do voto, Piñera se dirigiu ao palácio de La Moneda, onde afirmou que acompanhará os resultados.
Entre os protocolos da votação, também foram reservados horários para as pessoas idosas, das 14:00h às 17:00h. Piñera insistiu que elas não tenham medo e saiam a votar: "Creio na sabedoria dos que têm o cabelo grisalho", disse, sorrindo e apontando para a própria cabeça.
O dia amanheceu com uma temperatura de 15 graus, que foi subindo ao longo da manhã, mas com uma garoa fina. As ruas estavam tranquilas, e com vigilância visível de carabineros e da polícia.
Embora o padrão eleitoral no Chile seja de 14,7 milhões, a abstenção tem sido um problema crescente nos últimos anos. Nas eleições municipais de 2016, o comparecimento foi de apenas 36%. Nas eleições presidenciais, aumentou um pouco, para 50% dos eleitores.
O voto é obrigatório para os cidadãos entre 18 e 70 anos.
Pesquisa do Instituto Tresquintos divulgada na sexta (23) à noite indica que a mudança de Constituição será aprovada por 69% dos eleitores, e que a preferência por uma Assembleia Constitucional inteiramente nova é de 57% dos eleitores.
Folhapress
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