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Internacional

- Publicada em 19 de Outubro de 2020 às 21:32

Trump chama de 'desastre' principal cientista do governo sobre o coronavírus

Segundo Trump, as pessoas estão 'cansadas' de ouvir falar sobre o vírus

Segundo Trump, as pessoas estão 'cansadas' de ouvir falar sobre o vírus


MANDEL NGAN/AFP/JC
O presidente norte-americano, Donald Trump, atacou novamente nesta segunda-feira (19), o principal cientista do governo e maior especialista em doenças infecciosas do país, Anthony S. Fauci, e se referiu a ele como "um desastre". O presidente sugeriu que o respeitado membro da célula de crise da Casa Branca sobre o coronavírus é um "idiota".
O presidente norte-americano, Donald Trump, atacou novamente nesta segunda-feira (19), o principal cientista do governo e maior especialista em doenças infecciosas do país, Anthony S. Fauci, e se referiu a ele como "um desastre". O presidente sugeriu que o respeitado membro da célula de crise da Casa Branca sobre o coronavírus é um "idiota".
Segundo Trump, as pessoas estão "cansadas" de ouvir falar sobre o vírus, ainda que especialistas tenham alertado que o país está caminhando para outra onda de coronavírus. "As pessoas estão cansadas da Covid", disse Trump à sua equipe de campanha em um telefonema ao qual vários veículos de comunicação norte-americanos tiveram acesso. Ele ampliou os ataques com postagens no Twitter e em comentários a jornalistas após pousar no Arizona para dois comícios.
"As pessoas estão cansadas de ouvir Fauci e esses idiotas, todos esses idiotas que erraram", disse Trump na ligação com a equipe de campanha. O presidente dos EUA também chamou Fauci de um cara "legal", mas que está no cargo há muito tempo. "Ele está aqui há 500 anos", disse. "Toda vez que ele vai à televisão, há sempre uma bomba, mas há uma bomba maior, que é demitir ele. Esse cara é um desastre."
Os ataques a Fauci ocorrem em um momento em que os EUA registram mais casos de coronavírus - mais de 8 milhões - e mais mortes - quase 220 mil - do que qualquer outra nação do mundo. Segundo o New York Times, os conselheiros do presidente tentam fazer com que ele demita o especialista em doenças infecciosas, de 79 anos, que continua popular no país.
"Se o escutássemos, teríamos 700 mil (ou) 800 mil mortes", afirmou o presidente republicano durante o telefonema, antes de afirmar que seria contraproducente demiti-lo às vésperas das eleições presidenciais de 3 de novembro.
Este último ataque do presidente ao popular doutor Fauci provocou uma dura reação do senador republicano Lamar Alexander. "O doutor Fauci é um dos servidores públicos mais distinto do nosso país. Serviu a seis presidentes, a começar por Ronald Reagan", tuitou Alexander. "Se mais norte-americanos prestassem atenção a seus conselhos, teríamos menos casos de Covid-19 e seria mais seguro voltar para a escola, voltar ao trabalho e sair para jantar."
Em uma entrevista transmitida na noite de domingo (18) pelo programa 60 Minutes, da CBS, Fauci disse que não ficou surpreso que o próprio Trump contraído o vírus. Há uma semana, Fauci expressou seu descontentamento pelo uso de imagens suas em um anúncio de campanha de Trump sobre o coronavírus. "Nas minhas quase cinco décadas de serviço público, nunca apoiei publicamente nenhum candidato político", respondeu o imunologista, dizendo que suas declarações no vídeo foram tiradas de contexto.
Em vários momentos durante a resposta à pandemia, Fauci esclareceu ou corrigiu os comentários públicos de Trump sobre o desenvolvimento de tratamentos e vacinas para a Covid-19. O tom entre eles se tornou tenso algumas vezes, como em abril, quando Trump retuitou uma publicação com a hashtag #FireFauci (Demita Fauci), para depois se dirigir ao povo norte-americano para dizer que "Tony" estava fazendo um grande trabalho.
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