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Internacional

- Publicada em 18 de Outubro de 2020 às 20:01

Eleições EUA: Nos subúrbios, ricos optam por Trump e imigrantes apoiam Biden

Texas tem visto uma guinada suave de votos republicanos para democratas

Texas tem visto uma guinada suave de votos republicanos para democratas


STEPHEN LAM/GETTY IMAGES/AFP/JC
A mudança de vermelho (republicanos) para azul (democratas) no mapa eleitoral texano nas eleições presidenciais pode ter como modelo Colleyville. A pequena cidade de 27 mil habitantes destoa da maioria do condado Tarrant, que abarca os subúrbios de Fort Worth. Enquanto 90% são brancos em Colleyville, o número cai para 45% em toda a região de Tarrant.
A mudança de vermelho (republicanos) para azul (democratas) no mapa eleitoral texano nas eleições presidenciais pode ter como modelo Colleyville. A pequena cidade de 27 mil habitantes destoa da maioria do condado Tarrant, que abarca os subúrbios de Fort Worth. Enquanto 90% são brancos em Colleyville, o número cai para 45% em toda a região de Tarrant.
Susana Landeros, nascida em uma das cidades da fronteira entre o México e o Texas, é uma das que pressiona a mudança de perfil do eleitor na região. "As pessoas daqui que veem o que acontece nesse país e ainda são pró-Trump. São cristãos seletivos. Se fecham os olhos para como Donald Trump trata as minorias, não são cristãos de verdade", afirma. "Essa eleição - ocorre em 3 de novembro - é obrigatória para mim, como mexicana. É a primeira vez que sinto que não posso perder. Trump é racista."
O presidente, que endureceu as leis de entrada e permanência no país, aumentou o patrulhamento na fronteira e faz ataques repetidos a imigrantes, bloqueia a ampliação de apoio dos republicanos entre o crescente eleitorado latino. "Não suporto ver as pessoas do meu país colocadas atrás das grades, ver que crianças nos centros de detenção são cobertas com folhas de alumínio em vez de lençóis", diz Glória Garza, de 31 anos, moradora da região de Fort Worth.
Glória chegou do México com a família com 2 anos e não se define como republicana ou democrata, mas votar em Joe Biden é "a única opção". "Preciso saber que haverá um futuro para meus filhos e sistema de saúde para eles. Se Trump acabar com o Obamacare, não terei nada", diz.
Fora das grandes avenidas de Colleyville, há apenas alguns centros comerciais bem organizados e igrejas batistas. O único grupo religioso em que Trump é o favorito é entre os cristãos brancos. Colleyville é mais branca e mais rica do que a maioria do país. A média do valor das casas é de US$ 488 mil (o equivalente a R$ 2,7 milhões), mais do que o dobro do que a média nacional. A renda familiar anual média é de US$ 175,3 mil (R$ 977 mil), quase o triplo da de uma casa norte-americana padrão.
Na saída de uma loja de armas e munições, um engenheiro de som, que não quis dar seu nome por dizer não confiar em jornalistas, explica como o Texas está situado na política nacional. "Para os padrões do Texas, sou um independente. Para os padrões do país, sou um conservador republicano", disse. "Sou um pai de quatro crianças, o mais importante é a economia e também me preocupo com o crescimento de um 'tribalismo' no país visto nesses protestos."
Patricia e Joe Hendrick depositaram cédulas com voto em Joe Biden no drive-thru montado pela administração de eleições de Tarrant. Para se protegerem do coronavírus, os dois usavam máscaras e óculos de sol e ela, luvas. O casal tem pouca esperança de ver o próprio Texas como motor da vitória de Biden. "Somos um ponto azul no meio de um campo inteiro vermelho", resume Joe.
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