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Internacional

- Publicada em 15 de Outubro de 2020 às 20:05

Com 2ª onda da Covid-19 na Europa, hospitais de Milão voltam a ficar sob pressão

Em março e abril, a região da Lombardia foi a mais atingida da Itália, com o maior número de mortes relacionadas ao vírus no mundo

Em março e abril, a região da Lombardia foi a mais atingida da Itália, com o maior número de mortes relacionadas ao vírus no mundo


PIERO CRUCIATTI/AFP/JC
Com o novo aumento de casos de infecção pelo novo coronavírus no Norte da Itália, uma das regiões onde a pandemia fez mais vítimas na Europa, os hospitais e os profissionais de saúde voltaram a ficar sob pressão. No Hospital San Paolo de Milão, uma enfermaria dedicada aos pacientes do Covid-19 e equipada com respiradores foi reaberta no fim de semana, um sinal de que a cidade e a região da Lombardia estão entrando em outra fase de emergência da pandemia.
Com o novo aumento de casos de infecção pelo novo coronavírus no Norte da Itália, uma das regiões onde a pandemia fez mais vítimas na Europa, os hospitais e os profissionais de saúde voltaram a ficar sob pressão. No Hospital San Paolo de Milão, uma enfermaria dedicada aos pacientes do Covid-19 e equipada com respiradores foi reaberta no fim de semana, um sinal de que a cidade e a região da Lombardia estão entrando em outra fase de emergência da pandemia.
A região foi a mais atingida da Itália quando o país passou semanas com o maior número de mortes relacionadas ao vírus no mundo antes de ser ultrapassado pelos Estados Unidos. Para a equipe médica da Lombardia que lutou contra o vírus da primeira vez, a segunda onda, há muito prevista, veio muito cedo.
"No nível psicológico, devo dizer que ainda não me recuperei", disse a enfermeira Cristina Settembrese, referindo-se ao período de março e abril, quando a região foi responsável por um terço dos casos confirmados de coronavírus na Itália e quase metade das mortes por Covid-19.
"Nos últimos cinco dias, tenho visto muitas pessoas hospitalizadas que precisam de suporte respiratório", disse Cristina. "Estou revivendo o pesadelo, com a diferença de que agora há menos mortes."
Meses depois que a Itália decretou um dos bloqueios mais rígidos do mundo, o país registrou, na quarta-feira (14), o maior número diário de novos casos, com 7.332, superando a alta anterior de 6.557, registrada durante a fase mais mortal do vírus em março.
A Lombardia está novamente liderando em números de casos, um eco dos meses traumáticos da primeira onda, quando sirenes de ambulâncias perfuraram o silêncio de cidades paralisadas. O governo italiano está ansioso para evitar outro bloqueio nacional para proteger a economia do país, mas não descartou o fechamento de cidades ou províncias.
O aumento dos testes é parcialmente responsável pela última alta do número de casos, e muitos dos indivíduos com teste positivo são assintomáticos. Até o momento, os números diários de mortalidade permanecem significativamente abaixo dos registrados na primeira onda, oscilando em torno de 40 nos últimos dias. Muito abaixo dos 969 mortos por dia no final de março.
Em resposta ao surto atual, o governo do premiê Giuseppe Conte reforçou as restrições em todo o país. A partir desta quinta-feira (15), os italianos estão proibidos de praticar esportes, bares e restaurantes têm toque de recolher à meia-noite e celebrações particulares em locais públicos são proibidas. As máscaras são obrigatórias ao ar livre desde a semana passada.
Mas também há uma preocupação crescente entre os médicos de que a Itália desperdiçou os ganhos que obteve durante seu bloqueio de 10 semanas e não agiu com rapidez suficiente para impor novamente as restrições. Persistem as preocupações de que o estresse crescente nos hospitais forçará as cirurgias programadas e exames a serem adiados - criando uma emergência de saúde paralela, como aconteceu na primavera.
A Itália não é o único país europeu a ver um ressurgimento dos casos confirmados de vírus. Porém, desta vez, está se saindo melhor do que seus vizinhos. Os casos por 100 mil habitantes dobraram nas últimas duas semanas para quase 87 - uma taxa bem abaixo de países como Bélgica, Holanda, França, Espanha e Grã-Bretanha, que estão registrando entre 300 e 500 por 100 mil habitantes, e já começaram a impor novas restrições.
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